Hosmany Ramos, ex-cirurgião plástico de 79 anos e com um extenso histórico criminal, foi condenado a 10 anos de prisão em regime fechado pela Justiça de Itajaí. A sentença, proferida nesta quarta-feira (11) pela juíza da 1ª Vara Criminal, é resultado de um júri popular que o considerou culpado por tentativa de homicídio qualificada e falsa identidade.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o crime ocorreu em 1º de maio. Na ocasião, Hosmany teria solicitado que a vítima o conduzisse até um terreno à venda entre os bairros Cabeçudas e Praia Brava, em Itajaí. Durante o trajeto, o ex-cirurgião disparou contra o homem, atingindo-o no rosto. Apesar de ferido, a vítima conseguiu desarmar o agressor e pedir ajuda a uma testemunha. Hosmany foi preso em flagrante, e as investigações revelaram que ele utilizava um sobrenome falso para se apresentar como médico, buscando vantagens indevidas. A condenação levou em conta agravantes devido à reincidência criminal do acusado.
O advogado de defesa, Gustavo da Luz, alegou no julgamento que o disparo foi acidental e afirmou que não havia qualquer desavença entre Hosmany e a vítima, descrevendo-os como profissionais que mantinham uma relação cordial. A defesa já anunciou que irá recorrer da decisão.
Hosmany ganhou notoriedade na década de 1970 como cirurgião plástico, mas logo se tornou conhecido pelo envolvimento em crimes graves, incluindo homicídio, roubo, contrabando, tráfico de drogas e estelionato. Preso pela primeira vez em 1981, cumpriu 35 anos de uma pena de 46 anos e foi recapturado em 2009, após duas fugas. Indultado em 2016, voltou a exercer a medicina no Tocantins em 2017, mas continuou acumulando acusações, incluindo furto em 2023.
Agora condenado por mais um crime grave, Hosmany permanece sob custódia enquanto sua defesa busca reverter a decisão judicial.