Estudantes de Itapema denunciam falta de vagas em ônibus universitários

Por Redação

Publicado em 29/07/2022 18h30 | Atualizado há 167 dias

Com mais de 60 mil habitantes, segundo dados do IBG em 2020, apenas 600 vagas de transporte universitário foram disponibilizadas para moradores de Itapema. A situação está revoltando os estudantes, que necessitam do auxílio, pois não têm condições de se dirigir às faculdades, que ficam em outros municípios, como Itajaí e Balneário Comburiú, de outra forma.

A quantidade, que é considerada pouca pelos universitários, é distribuída entre os turnos matutino, vespertino e noturno.

O problema não é de hoje. Há anos que o número disponibilizado não é compatível à quantidade de moradores da cidade. Entretanto, com regras sanitárias mais brandas e cursos voltando para o sistema presencial, o fluxo de alunos que precisam do transporte aumentou.

Em denúncia sobre o caso, alunos pontuam que a prefeitura não pensou na grande demanda que estaria por vir. Só no primeiro levantamento feito por eles, cerca de 20 estudantes, que não têm condições de ir às universidades de outra forma, estão sem vaga. Disseram, ainda, que o número abrange apenas aqueles que participam de um grupo de mensagens, mas que, com certeza, existem mais.

“Pelo visto não se preparou quanto a demanda. Semana que vem começam as aulas presenciais e muitos alunos estão sendo informados de que estão sem vagas. Para quem depende 100% do ônibus, a situação é bem complicada”, desabafou um estudante que ficou sem o transporte.

Vale pontuar que as aulas voltam na próxima segunda-feira (1º) e muitos alunos sabem, ao menos, como vão fazer para frequentar as aulas.

Questionada sobre a situação, a prefeitura informou que não é uma obrigação legal estabelecer mais ônibus para estudantes de ensino superior. “A lei é clara quanto as vagas e a distribuição delas nos períodos”, disse a assessoria.

Foi perguntada a perspectiva sobre uma possível nova atualização da lei, que disponibiliza apenas 600 vagas. Em resposta, a prefeitura enfatizou que, a princípio, não. “Cabe ao município garantir a educação infantil (1º ao 9º ano), Ensino Médio ou Técnico. Não temos obrigatoriedade com relação ao ensino superior (…)”, concluiu.

Confira a lei aqui.

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