Um foco de raiva bovina foi confirmado na região de Mafra, mais precisamente na localidade de Pedra Fina, próxima à fronteira com Itaiópolis. Este caso acende um sinal de alerta, já que a raiva é uma zoonose letal, afetando tanto animais quanto humanos, e para a qual não existe tratamento curativo.
A situação veio à tona quando um produtor rural, seguindo a recomendação de um médico veterinário que visitou sua propriedade, notificou o caso à Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Após a morte do animal, a equipe técnica da Cidasc coletou amostras e as enviou para análise laboratorial, em um esforço conjunto com a Vigilância Epidemiológica Municipal e as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde.
Como medida preventiva imediata, aconselhou-se o proprietário da fazenda afetada a vacinar todos os seus bovinos. Uma iniciativa similar está sendo organizada para as propriedades vizinhas e outras na área circundante, dentro de um perímetro de dois quilômetros. Adicionalmente, a Vigilância Epidemiológica está realizando um censo e subsequente vacinação de cães e gatos em um raio de 300 metros do foco identificado.
A Cidasc emite um forte apelo aos produtores rurais da região para que vacinem não apenas os bovinos, mas também equinos, ovinos, caprinos, suínos, cães e gatos. É crucial que os proprietários observem seus animais em busca de sintomas como alterações na capacidade motora e dificuldades respiratórias, bem como possíveis sinais de mordeduras, especialmente de morcegos hematófagos, conhecidos transmissores do vírus da raiva.
A raiva, uma doença que afeta o sistema nervoso central e rapidamente conduz à morte, pode ser transmitida para uma variedade de mamíferos, incluindo humanos, através do contato com saliva infectada, seja por mordidas, arranhões ou lambeduras. Em face de qualquer agressão por um animal potencialmente infectado, a orientação é procurar imediatamente assistência médica.