María Elena Bergoglio, caçula da família, era a única irmã viva de Jorge Mario Bergoglio. Desde que ele foi eleito papa, em março de 2013, os dois nunca mais se encontraram pessoalmente.
A existência da irmã passou quase despercebida durante os mais de 10 anos de pontificado. Longe dos holofotes, María Elena vive reclusa sob cuidados religiosos em Buenos Aires, na Argentina, e nunca esteve presente nos compromissos públicos do irmão, nem mesmo no Vaticano.
Eles teriam decidido não se ver após a eleição de Francisco, por recomendação médica. Com problemas de saúde, María Elena foi orientada a evitar viagens longas, o que impediu a ida a Roma para a cerimônia de posse. Desde então, os encontros ficaram restritos a ligações telefônicas e trocas de cartas.
No entanto, segundo entrevistas antigas, o laço entre os dois sempre foi próximo. María Elena dizia que Francisco não havia deixado de ser Jorge, apesar do cargo. “Graças a Deus, ele continua sendo o mesmo”, declarou em 2014.
A morte do papa, confirmada nesta segunda-feira (21), encerra definitivamente uma espera de 12 anos por um reencontro. O abraço entre os irmãos, que conviveram a vida inteira antes do papado, acabou não acontecendo.