O papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, morreu na madrugada desta segunda-feira (21), aos 88 anos, na Casa Santa Marta, residência oficial dos pontífices no Vaticano. A morte foi confirmada pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Santa Sé, às 9h52 no horário local.
Francisco enfrentava problemas de saúde desde fevereiro, quando foi internado no Hospital Universitário Agostino Gemelli, em Roma, com um quadro de bronquite. A infecção evoluiu para uma pneumonia bilateral e exigiu internação por 38 dias. O papa teve alta no dia 23 de março, mas seu estado voltou a se agravar nas semanas seguintes, levando à piora que culminou em sua morte.
A última aparição pública do pontífice ocorreu durante a bênção “Urbi et Orbi”, no domingo anterior à sua morte. Visivelmente debilitado, ele percorreu a Praça de São Pedro no papamóvel e dirigiu uma breve mensagem pascal aos fiéis.
Jorge Mario Bergoglio foi eleito papa em 13 de março de 2013. Argentino, foi o primeiro pontífice latino-americano, o primeiro jesuíta e também o primeiro não europeu a assumir o cargo em mais de 1.200 anos. Seu papado foi marcado por reformas na Cúria Romana, posicionamentos mais inclusivos e por medidas firmes no combate a abusos sexuais dentro da Igreja Católica.
O Vaticano ainda não divulgou a data e os detalhes do funeral. A expectativa é de que o corpo do pontífice seja velado na Basílica de São Pedro, com cerimônia fúnebre celebrada na praça homônima, seguindo os protocolos reservados à morte de um papa em exercício. Até a escolha do novo pontífice, a administração da Igreja ficará sob responsabilidade do camerlengo.
Diversos líderes mundiais lamentaram a morte de Francisco. O presidente do Conselho Europeu destacou seu papel na defesa de causas globais como o acolhimento de migrantes e o enfrentamento das mudanças climáticas. Já chefes de Estado da América Latina e Europa ressaltaram sua atuação em favor da justiça social, da paz e dos mais vulneráveis.