O dólar voltou a disparar frente ao real nesta quarta-feira (18), ultrapassando os R$ 6,25. O movimento amplia os ganhos registrados na véspera, refletindo tanto a maior aversão ao risco no cenário brasileiro quanto os desdobramentos da política monetária nos Estados Unidos.
O Federal Reserve, banco central norte-americano, anunciou um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, colocando-a na faixa de 4,25% a 4,50%, como já era amplamente esperado. No entanto, as sinalizações mais rígidas da instituição, indicando preocupação com a inflação e cortes mais moderados no futuro, contribuíram para o fortalecimento do dólar no mercado global.
Com a perspectiva de um afrouxamento mais lento nos juros, o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) se torna mais atrativo, elevando a demanda pela moeda americana e pressionando negativamente as moedas de mercados emergentes, como o real. Essa tendência gera desafios adicionais para o cenário cambial de países como o Brasil em 2025.
Às 16h12, o dólar chegou a atingir o pico de R$ 6,271, refletindo a preocupação dos investidores com as condições econômicas internas e o impacto das decisões globais. O cenário reforça a volatilidade no mercado cambial e mantém os holofotes sobre as próximas movimentações no Brasil e no exterior.