A taxa de inadimplência em Santa Catarina registrou redução ao longo de 2024, conforme dados do Banco Central. O índice, que era de 2,45% no final de 2023, caiu para 2,25% em dezembro de 2024, colocando o estado com a segunda menor taxa do país, atrás apenas do Rio Grande do Sul, que registrou 2,1% no mesmo período.
A diminuição foi observada tanto entre pessoas físicas quanto jurídicas. A taxa de inadimplência de consumidores recuou de 2,82% para 2,65% entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024. Já entre empresas, a queda foi mais expressiva, passando de 2,02% para 1,77%.
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, comentou os números. “Em Santa Catarina temos um povo muito trabalhador, que tem vocação para empreender, mas acima de tudo o catarinense sabe a importância de honrar seus compromissos. Essa confiança e credibilidade tem sido fundamental para impulsionar nossa economia e garantir a atração de investimentos”, afirmou.
Redução da inadimplência e do endividamento das famílias
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-SC) também identificou a redução da inadimplência no estado ao longo de 2024. A entidade analisou o percentual de contas em atraso entre as famílias catarinenses e apontou que Santa Catarina tem o sétimo menor índice do país. Além disso, a pesquisa indicou uma redução no endividamento das famílias.
O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, atribuiu os resultados ao desempenho do mercado de trabalho. “As pesquisas têm metodologias diferentes, mas revelam um mesmo cenário: o catarinense está com maior capacidade de pagar suas contas. Estamos com a menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos, de 2,8%, e o rendimento médio do trabalhador está crescendo. Além disso, o estado gerou mais de 100 mil vagas de emprego em 2024”, declarou.
Com o início de 2025, o comércio segue otimista. Dados da Fecomércio-SC indicam que o setor projeta um crescimento superior a 2% neste ano, mantendo a tendência do ano anterior. O presidente da entidade, Hélio Dagnoni, destacou que a intenção dos varejistas de investir nos negócios cresceu 2,6% e que a confiança dos empresários no setor aumentou 1,2%.