UFSC divulga nota contra corte orçamentário em 2024

A Universidade Federal de Santa Catarina tem adotado posturas ostensivamente pautadas pela famigerada agenda progressista, cujos progressos parecem consistir no colapso da educação brasileira, conforme já noticiado pelo Jornal Razão, fato amplamente sabido e observável por meio dos exames do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) 2022.

Se o leitor já está desconfiando da apimentada insinuação deste colunista que não pretende ser injusto, estendo minha provocação aos demais centros de formação de professores para que repartam entre si a responsabilidade pelo feito internacionalmente notável. Concentrar-me-ei, portanto, nas especificidades de nossa nostálgica universidade catarinense que compõe o título do texto.

Entre críticas inoportunas à presença de policiais militares no campus universitário até alunos simulando ataques nazistas ou realizando paralisações contra o Bolsonaro, não há espaço algum para que alguém em sã consciência tenha dúvidas quanto ao posicionamento ideológico da classe falante da UFSC. São quase todos de esquerda ou de extrema-esquerda. É evidente que há também não esquerdistas e direitistas em uma comunidade universitária que abraça mais de 50 mil pessoas, afinal, alguém precisa trabalhar, estudar e fazer valer o investimento do contribuinte.

Ocorre que a nossa egrégia universidade divulgou, nesta sábado, dia 23 de dezembro, uma tímida nota da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) sobre os cortes milionários no orçamento da educação.

Paralisações? Passeatas antigovernistas? Pichações? Ocupações? Fora, Lula? Nada disso. Inclusive, em postagem oficial no instagram, a universidade trancou os comentários para a população na publicação dessa nota. Motivo? A infinda e implacável zombaria das redes sociais: “faz o L agora”, debochavam os críticos dessa mesma UFSC que passou os 4 anos de governo Bolsonaro falando em desmonte da educação e ameaçando paralisações.

Curioso notar que a tal nota de descontentamento sobre orçamento joga a responsabilidade do corte milionário para o Congresso Nacional, quase que isentando o painho do acontecido. Talvez os defensores da universidade pública, gratuita e de qualidade tenham já esquecido das emendas recordes e dos orçamentos secretos bilionários despejados pelo Governo Federal para que a democracia voltasse a reinar no parlamento brasileiro, garantindo que as principais medidas e nomeações fossem prontamente contempladas.

Quem sabe a pauta da educação não seja tão prioritária assim nessa democracia relativa, malgrado os ataques  e os fricotes do estamento universitário dos últimos anos que nos garantiram que “agora vai ser diferente”. Quem sabe seja mesmo mais fácil trancar a caixa de correio da torre de marfim a encarar a incômoda realidade das mensagens que não param de chegar.

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