Uma história de superação e afeto ganhou destaque em Chapecó, no Oeste catarinense. A fonoaudióloga Luciana Bramati recebeu um transplante de rim doado pelo marido, o engenheiro Claudio Henrique Luiz da Silva, após conviver por anos com uma doença hereditária que comprometeu quase toda sua função renal.
Luciana descobriu ainda na juventude que tinha doença renal policística, condição que faz com que os rins cresçam e se encham de cistos ao longo do tempo. Aos poucos, a capacidade de filtrar o sangue foi diminuindo, até que restaram apenas 9% de funcionamento. Diante do quadro, a alternativa seria iniciar diálise ou realizar um transplante.
Do lar para a sala de cirurgia
O gesto que mudou sua vida veio de dentro da própria casa. Claudio se ofereceu de imediato para passar pelos testes de compatibilidade e, em apenas duas semanas, chegou a resposta: ele era apto para ser o doador.
A cirurgia foi realizada em fevereiro de 2024, em um hospital de Blumenau, no Vale do Itajaí. Para o casal, o procedimento foi mais do que uma operação médica — tornou-se um marco de união.
“Quando o médico falou em procurar um doador, eu senti que precisava ser o primeiro a me candidatar. Era minha forma de cuidar dela”, contou Claudio.
Doação de órgãos em Santa Catarina
Setembro é conhecido como o mês da conscientização sobre doação de órgãos, e a experiência do casal reforça a importância desse gesto. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, mais de 1,6 mil pessoas aguardam transplantes em Santa Catarina.
Luciana afirma que agora sua missão é incentivar outras famílias a conversarem sobre o tema:
“Se hoje eu estou bem, é porque alguém disse sim. No meu caso, foi meu marido, mas milhares de pessoas dependem da solidariedade de desconhecidos para viver.”