A eleição do novo papa começou oficialmente na manhã desta quarta-feira (7), com a celebração da Missa “Pro Eligendo Romano Pontifice” na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A cerimônia foi presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, que destacou a responsabilidade dos eleitores diante da escolha do sucessor de Francisco.
Após a missa, os 133 cardeais com direito a voto seguiram em procissão até a Capela Sistina, onde permanecem isolados até que um novo pontífice seja eleito. A escolha exige uma maioria qualificada: são necessários pelo menos 89 votos para que o nome de um cardeal seja confirmado como novo líder da Igreja Católica.
O grupo de eleitores é considerado um dos mais diversos da história da Igreja, com representantes de 70 países. A média de idade dos participantes é de 69 anos e 81% deles estão em um conclave pela primeira vez. Destes, 108 foram nomeados pelo próprio papa Francisco ao longo de seu pontificado, encerrado por renúncia no último mês.
Entre os nomes mais mencionados estão o cardeal italiano Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, e o cardeal filipino Luis Antonio Tagle, conhecido pela sua atuação próxima às reformas propostas por Francisco. O cardeal brasileiro Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, também foi citado por especialistas e teólogos como uma possível escolha, em especial após manifestação pública de apoio do teólogo Leonardo Boff.
O resultado de cada votação será comunicado ao público por meio da fumaça que sai da chaminé instalada na Capela Sistina: fumaça preta indica que nenhum nome alcançou os votos necessários; fumaça branca sinaliza a eleição do novo pontífice. Após a escolha, o papa eleito será apresentado ao mundo na sacada central da Basílica de São Pedro, com a tradicional proclamação “Habemus Papam” e dará sua primeira bênção.