Em um caso de assédio e discriminação no ambiente de trabalho, uma operadora de máquina de uma empresa de tratamento de água e esgoto de Gaspar, Vale do Itajaí, recebeu a notícia de que será compensada com R$ 15 mil. Ela sofreu uma série de insultos, zombarias e menosprezo por parte de seus colegas de trabalho, desencadeando sérios impactos em sua saúde mental.
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina confirmou que a mulher se encontrou em um estado de desgaste emocional significativo devido às constantes situações de desrespeito e preconceito em seu local de trabalho.
Segundo os detalhes do caso, a funcionária chegou a denunciar os insultos a um supervisor e a uma assistente social. Ela ainda indicou que as instalações onde trabalhava não dispunham de banheiros para mulheres.
A juíza da 2ª Vara Cível de Gaspar destacou que os incidentes não eram ocorrências únicas, mas sim episódios repetidos de desrespeito que levaram a vítima a desenvolver depressão e estresse, necessitando de acompanhamento médico.
A juíza acrescentou que a mulher estava em uma situação particularmente vulnerável, sendo a única mulher entre cinco operadores de máquina, além de outros trabalhadores, incluindo supervisores e encanadores.
Na sentença, a juíza enfatizou que “vivemos em uma sociedade predominantemente machista, onde as mulheres sofrem mais assédio em seus locais de trabalho”. A magistrada reforçou a decisão citando estudos que indicam que aproximadamente 65% das mulheres já experimentaram algum tipo de assédio no trabalho.