Morador de rua diz que foi "sequestrado" e "desovado" pela prefeitura de BC

Catador de recicláveis assegura ter sido “jogado” em van e largado com fome

Morador de rua diz que foi "sequestrado" e "desovado" pela prefeitura de BC

DIVULGAÇÃO/ REDES SOCIAIS

No WhatsApp do JR tem notícia toda hora! Clique aqui para acessar.

Um morador de rua de iniciais L.M.S., de 41 anos, acusa a prefeitura de Balneário Camboriú de agressões e transporte irregular. A denúncia foi registrada em um boletim de ocorrência na Polícia Civil após a Secretaria de Assistência Social de São João do Itaperiú, relatar o caso.

De acordo com uma assistente social de São João do Itaperiú, o homem foi resgatado por uma equipe do município após aparecer ferido na SC 415, que cruza a cidade. Ele teria sido levado por agentes de Balneário Camboriú em um carro do Resgate Social e abandonado na beira da rodovia.

O morador de rua, que vive da coleta de materiais recicláveis, buscou abrigo em um ponto de ônibus próximo ao Corpo de Bombeiros Voluntários. Ele estava com ferimentos na cabeça e fome.

A Secretaria de Assistência Social optou por gravar um vídeo com ele, onde o homem revela a agressão e acusa a prefeitura de Balneário Camboriú pelos maus-tratos.

L.M.S. revelou que tem residência fixa, embora fique nas ruas, e que sua família mora no bairro dos Municípios, em Balneário Camboriú.

O catador teria sido abordado pelo Resgate Social de Balneário na noite de 7 de fevereiro e seria levado a um alojamento para tomar banho e se alimentar, junto a outros homens. Porém, ele foi colocado dentro de uma van - onde teriam ocorrido as agressões - e abandonado em São João do Itaperiú.

Os servidores de São João apontam que houve relatos de moradores da cidade que viram um carro do Resgate Social de Balneário descarregando moradores de rua na cidade e na vizinha Barra Velha. A assistente social confirma que L.M.S. estava com muitos hematomas, dores, ânsia de vômito e sem forças.

A Secretaria de Desenvolvimento Social e Inclusão, responsável pelo setor de Resgate Social, negou as denúncias de agressões e transporte irregular. A pasta afirmou que não há pessoas em situação de rua levadas para outras cidades de maneira irregular. A prefeitura garante que a abordagem social não possui em sua frota veículo com a placa alegada pelo morador de rua.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e as falas de L.M.S. estão gravadas em vídeo, para registro da prefeitura, e embasam o boletim de ocorrência registrado junto à Polícia Civil.