A comunidade do surf catarinense amanheceu de luto neste domingo (22). O shaper Pita Tavares, de 44 anos, foi encontrado morto em sua residência, localizada na Rua Venezuela, no bairro das Nações, em Balneário Camboriú. A casa também abrigava sua fábrica de pranchas artesanais, a Exit Surfboards, reconhecida em todo o Litoral.
Segundo informações preliminares, a suspeita é de que Pita tenha sofrido uma intoxicação causada por produtos químicos utilizados na produção de pranchas, como a resina poliéster. A Polícia Científica deve esclarecer as causas da morte nos próximos dias.
Pita não era apenas um artesão das ondas. Ele moldava pranchas como quem molda sonhos.
Com mãos habilidosas, alma leve e coração generoso, Pita marcou gerações de surfistas com seu talento. Para quem o conheceu de perto, bastava a presença dele para sentir paz. Era um daqueles seres raros que transbordavam humildade, alegria e amor pelo mar.
Amigos, surfistas e admiradores usaram as redes sociais para prestar homenagens comoventes. “O mar hoje está mais silencioso”, escreveu uma página dedicada ao surf. “Mas suas pegadas continuam gravadas nas ondas e nos corações de quem teve o privilégio de te conhecer.”
A despedida
O corpo está sendo velado na capela do Cemitério da Barra até as 8h30 desta segunda-feira (23), quando será sepultado. Familiares também pedem ajuda para cobrir os custos da cremação, por meio de doações via Pix para o número (47) 99731-3121, em nome de Claudinei Costa, irmão do shaper.
Pita deixa um legado que vai além das pranchas: deixa saudade, respeito e a memória de um homem que fez do surf sua missão de vida.