VÍDEO: Funcionário da prefeitura é flagrado recebendo propina para liberar obras

O caso, que envolve cobrança de propina para obstruir a demolição de construções ilegais

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Divulgação / PMF

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Nesta sexta-feira (15), as autoridades de Florianópolis efetuaram a prisão de Felipe Pereira, um funcionário com longa trajetória na Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram). O caso, que envolve cobrança de propina para obstruir a demolição de construções ilegais, veio à tona durante uma operação orquestrada pela Polícia Civil.

De acordo com comunicado oficial, a Prefeitura de Florianópolis foi informada dos acontecimentos na noite da operação. Felipe Pereira, que está sob investigação, tinha um papel ativo na administração municipal há cerca de oito anos. Foi identificado que o servidor aproximou-se de um construtor que operava na região do Ribeirão da Ilha, situado na parte sul da Ilha de Santa Catarina. Este construtor já tinha um registro de desrespeito às normas de construção locais, inclusive com penalidades financeiras e ordens de demolição emitidas em seu nome.

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As provas preliminares mostram que houve uma negociação de valores entre Pereira e o construtor. Enquanto o primeiro propôs um valor de R$ 90 mil para regularizar a situação de forma imediata ou R$ 110 mil se o pagamento fosse fracionado, o construtor ofereceu R$ 30 mil à vista ou R$ 35 mil parcelados por unidade construída. Conforme registros da Polícia Civil, a negociação tinha como objetivo permitir uma edificação não licenciada.

Durante o diálogo, Felipe Pereira demonstrou certo grau de ansiedade ao perceber a presença de um veículo desconhecido nas proximidades. "Tem uma caminhonete," disse nervosamente. O construtor prontamente acalmou-o, alegando que o veículo pertencia a um de seus funcionários. A Polícia Civil, em seus documentos oficiais, interpretou esse momento como um indicativo claro da ilegalidade da transação que estava em curso.

Este caso não é o primeiro envolvendo Felipe Pereira. A operação atual é, na verdade, a segunda fase de uma série de investigações que começaram no final do ano passado. Naquela ocasião, o então chefe de fiscalização da Floram foi o alvo de uma busca e apreensão. Ele perdeu seu cargo após o episódio e passou a desempenhar funções mais genéricas no quadro municipal, conforme confirmado pela Prefeitura e por fontes internas.