A prefeita de Marituba, no Pará, Patrícia Alencar (MDB), virou centro de um debate público após publicar, em seu perfil pessoal do Instagram, um vídeo dançando forró de biquíni no quarto de casa.
A gravação, feita em um momento íntimo de lazer, viralizou nas redes e dividiu opiniões. De um lado, internautas elogiaram a espontaneidade da gestora e destacaram sua autenticidade. Do outro, surgiram críticas sobre o que alguns consideraram um comportamento “incompatível” com a função que ela exerce.
A repercussão do vídeo ganhou força principalmente entre moradores do município. Em meio à enxurrada de comentários, a própria Patrícia decidiu se posicionar.
Reação e desabafo
Em resposta aos ataques, Patrícia utilizou sua conta oficial para rebater as críticas. Sem rodeios, afirmou que o incômodo de alguns tem origem no machismo enraizado. “Mulher pode ser trabalhadora, mãe e ‘bonitinha’”, escreveu a prefeita em um story.
A publicação veio acompanhada de uma mensagem mais firme: ela não irá abrir mão de sua liberdade por ocupar um cargo político. Para a gestora, a cobrança por um “comportamento exemplar” atinge, com mais peso, as mulheres.
Seguidores saem em defesa
Nos comentários de suas postagens e em grupos locais, diversas pessoas se manifestaram a favor da prefeita. “Ela tem o direito de viver como qualquer outra mulher. Ser prefeita não significa ser prisioneira de uma imagem formal o tempo todo”, escreveu uma moradora. Outra completou: “Ela é linda, competente e humana.”
No entanto, a crítica também ganhou espaço. “Como eleitor, espero uma postura mais adequada de quem representa a cidade”, apontou um internauta.
Fronteira entre o público e o privado
O episódio levantou um debate antigo, mas ainda pouco resolvido: até onde vai o limite entre a vida pessoal e a função pública de uma autoridade eleita?
Patrícia abordou com leveza o “burburinho” causado durante a semana e aproveitou para reforçar a divulgação do São João da cidade. “Enquanto isso, vamos dançar forró no arraial de Marituba”, disse, sorrindo.