Divulgação /Tomaz Silva
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O Brasil está vivenciando a primavera mais quente desde o início dos registros meteorológicos, marcada por ondas de calor sucessivas e temperaturas recordes em várias cidades. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, desde meados do ano, o país tem enfrentado uma série de meses com temperaturas acima da média nacional, redefinindo a estatística climática brasileira.
A primavera de 2023, compreendida entre setembro e novembro, foi marcada por três ondas de calor notáveis. Em setembro, Belo Horizonte registrou a maior temperatura de sua história, com 38,6ºC, enquanto São Romão, em Minas Gerais, alcançou 43,5ºC. Este episódio de calor extremo levou a um estudo internacional de atribuição climática, concluindo que as mudanças climáticas aumentaram em cem vezes a probabilidade de tal evento.
Outubro continuou a tendência com dois períodos de calor intenso e novos recordes. Cuiabá, por exemplo, teve 14 dias com temperaturas acima de 40ºC, e Aragarças, em Goiás, registrou uma máxima de 44,3ºC. Em novembro, São Paulo enfrentou uma onda de calor prolongada, quase batendo seu recorde absoluto de temperatura máxima.
As altas temperaturas trouxeram consequências significativas, como o aumento recorde no consumo de energia, ultrapassando 100.000 MW pela primeira vez na história do país. Este cenário levanta questões sobre o que esperar para o verão, apesar de as características climáticas do Brasil variarem significativamente em seu vasto território.
Enquanto algumas regiões, como o Centro-Oeste e Sudeste, tendem a ter verões mais chuvosos com instabilidades frequentes, outras áreas, como o Sul do Brasil, podem experimentar verões mais quentes e secos, diferentemente dos últimos anos sob influência do La Niña.