Chegada do fenômeno “El Niño” vai afetar Santa Catarina

Por Ludmila Lopes

Publicado em 09/06/2023 08h51 | Atualizado há 137 dias

Em um comunicado oficial nesta quinta-feira (8), a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) confirmou a formação do fenômeno climático conhecido como El Niño, que traz consigo consequências significativas para o clima global. O estado de Santa Catarina, no Brasil, está incluso.

O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas da superfície do Oceano Pacífico Equatorial. Este fenômeno tem o potencial de alterar padrões climáticos em todo o mundo, aumentando o risco de chuvas fortes e secas em várias regiões.

Michelle L’Heureux, cientista climática do Climate Prediction Center da NOAA, expressou em comunicado que “as condições do El Niño devem se fortalecer gradualmente no inverno. Dependendo de sua força, o El Niño pode causar uma série de impactos, como aumentar o risco de chuvas fortes e secas em determinados locais do mundo.”

Segundo informações do Estadão, o fenômeno em 2023 se formou com pelo menos um mês de antecedência em relação ao usual, proporcionando ao El Niño mais tempo para ganhar força. No Brasil, especialmente na Região Sul, a Defesa Civil catarinense alerta para a possibilidade de chuvas acima da média como um dos principais efeitos do fenômeno.

A cientista L’Heureux também chamou a atenção para a interação entre o El Niño e a mudança climática, afirmando: “A mudança climática pode exacerbar ou mitigar certos impactos relacionados ao El Nino. Por exemplo, o El Nino pode levar a novos recordes de temperatura, principalmente em áreas que já experimentam temperaturas acima da média durante o El Nino”.

Além disso, a NOAA esclarece que o El Niño tem o efeito colateral de reduzir a ocorrência de furacões no Atlântico, embora possa intensificar tais fenômenos no Pacífico.

As previsões e observações da NOAA continuam sendo vitais para a compreensão dos impactos potenciais deste fenômeno climático no meio ambiente e na sociedade globalmente. Com o El Niño formando-se mais cedo do que o habitual neste ano, os cientistas terão a oportunidade de estudar mais profundamente seus efeitos e possíveis implicações.

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