Se você mora em São João Batista, é bem provável que conheça o ‘Zé Barbeiro’. Apaixonado pelo que fazia, o profissional construiu sua história profissional na cidade, desde quando ainda era recém-emancipada. Dito isso, é com muito pesar que o Jornal Razão comunica a morte dele, que além de ‘Zé Barbeiro’, era o senhor José Cardoso Roedel, aos 88 anos.
Considerado o barbeiro mais antigo em atividade na cidade, José deixa três filhos, 11 netos e seis bisnetos. Ele morreu na manhã desta segunda-feira (20), no Hospital Regional, em São José.
‘ZÉ BARBEIRO’ E SÃO JOÃO BATISTA: HISTÓRIAS QUE SE ENTRELAÇAM
Mesmo passando a maior parte de sua vida em São João Batista, o senhor José era natural de Timbó, no Vale do Itajaí. Em conversa com amigos que atuavam em uma usina de açúcar, ouviu falar na cidade batistense, que ainda era recém-emancipada. Lá, não haviam profissionais que cortavam cabelos e faziam barbas.
Diante da informação, ele não pensou duas vezes. Fez as malas e, a pé, foi em busca de uma nova oportunidade. No bairro Moura, conseguiu a carona com Alfredo Melim, que o levou de carroça ao destino.
Inicialmente, ele foi acolhido na casa de Dico Costa. Após se alimentar e descansar, buscou uma sala para trabalhar.
O primeiro lugar que atuou por lá foi um espaço na cabeceira da ponte, alugado por Octaviano Dadam. O primeiro cliente foi Nilo Booz. ‘Zé Barbeiro’ ficou naquele ponto por três décadas, mas depois se mudou para alguns outros, até se fixar num estabelecimento junto ao neto, o Pipico, próximo ao mercado do Abílio Puel.
Além da vida profissional ter sido estabelecida em São João Batista, também foi na cidade que o senhor José conheceu a esposa Doroteia de Azevedo Roedel. Segundo afirma a moça, foi amor à primeira vista.
Da união que durou mais de 50 anos nasceram cinco filhos, quatro homens e uma mulher. A família aumentou e, atualmente, são 11 netos e seis bisnetos.
Cinco netos seguiram a profissão do avô.