O nome de Michel de Andrade voltou aos holofotes. Assessor do deputado estadual Mário Motta (PSD), ele já havia sido destaque em 2024 por ser o servidor que mais gastou com diárias e passagens na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
Agora, em 2025, ele embarcou para Nova York e Washington com recursos públicos e gastou mais R$ 48.330,03 — sendo R$ 40.130,50 em diárias e R$ 8.199,53 em passagens de avião.
Essa nova despesa se soma a um histórico de gastos altos. Só no primeiro semestre de 2024, Michel gastou um valor superior ao gasto por 36 dos 40 deputados da Alesc no mesmo período. Ele viajou mais do que quase toda a Casa.
Entre os destinos já percorridos por Michel com dinheiro público, estão Mendoza (Argentina), Seul (Coreia do Sul) e Dubai. A justificativa do gabinete para as viagens inclui frases genéricas como “acompanhar o parlamentar para buscar soluções” e “transformar aprendizados em ações”.
Na viagem à Coreia do Sul, por exemplo, Michel recebeu em apenas três dias o equivalente a quase três vezes o próprio salário, apenas em diárias. Já na ida à Argentina, ele e o deputado receberam R$ 12.558 cada um, sob a alegação de participação em um congresso sobre arborização.
Em 2024, Michel recebeu um total de R$ 148,5 mil em diárias, segundo dados oficiais da Alesc. Seu salário líquido é de quase R$ 23,5 mil por mês.
Agora, em 2025, com essa nova viagem de quase R$ 50 mil, o assessor volta ao centro do debate sobre o uso de dinheiro público para viagens internacionais, especialmente quando o retorno prático à população catarinense segue sem comprovação clara.
