O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestou publicamente em defesa da candidatura do irmão Carlos Bolsonaro (PL-RJ) ao Senado por Santa Catarina. Em publicação feita na tarde desta terça-feira (4) nas redes sociais, Flávio afirmou que a indicação de Carlos é “direta do presidente Jair Bolsonaro” e pediu “confiança e lealdade de todos” à decisão.
A fala ocorre em meio à crescente crise no Partido Liberal (PL) catarinense, marcada por disputas internas entre grupos ligados a Caroline de Toni, Ana Campagnolo e o próprio Carlos Bolsonaro.
“Front catarinense” e confiança do pai
Na publicação, Flávio exaltou o papel de Santa Catarina como bastião conservador e elogiou a força política do estado dentro do movimento bolsonarista. “Sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro, diferentes regiões do Brasil ergueram trincheiras contra o veneno esquerdista que tenta corroer o país. Santa Catarina é um dos grandes focos dessa resistência”, escreveu.
O senador destacou ainda que o pai, Jair Bolsonaro, escalou Carlos como homem de confiança para fortalecer o movimento em Santa Catarina. “Carlos chega como indicação direta do presidente, o que merece total consideração, confiança e lealdade de todos nós”, reforçou.
Na mesma publicação, Flávio afirmou que o ex-presidente continua sendo o “maior líder político do país” e que a direita deve permanecer unida em torno de seu projeto. “O presidente Bolsonaro sabe e admira profundamente a força do povo catarinense”, completou.
“Sem questionamentos” à decisão
Flávio Bolsonaro também rechaçou críticas e disse que não há espaço para dúvidas quanto à decisão do pai. “Sem questionamentos ao nosso maior líder, que literalmente dá a própria vida por nós e pela nação. Ele empresta seu sangue por esse projeto, na pessoa de Carlos Bolsonaro”, escreveu.
O senador finalizou a mensagem com um apelo à união do grupo bolsonarista: “O Brasil tem jeito! E juntos, unidos pelo mesmo propósito, vamos devolver a esperança ao povo brasileiro.”
Contexto político
A declaração de Flávio ocorre após dias de intensa troca de acusações públicas entre lideranças bolsonaristas de Santa Catarina. Ana Campagnolo afirmou que a chegada de Carlos ao estado “desestabilizou o projeto da direita catarinense”, enquanto Michelle Bolsonaro declarou apoio à deputada federal Caroline de Toni, dizendo estar “fechada com a Carol, independentemente da sigla partidária”.
As falas geraram reação de Eduardo Bolsonaro, que classificou como “inaceitáveis” as declarações de Campagnolo, defendendo que o movimento precisa de “lealdade e hierarquia”.