Câmara derruba veto e aprova aumento salarial para prefeito e secretários em São João Batista

Por Redação

Publicado em 22/01/2025 14h39 | Atualizado há 4 horas

Na última quarta-feira (15), durante sessão extraordinária, a Câmara de Vereadores de São João Batista rejeitou o veto do ex-prefeito Pedro Alfredo Ramos (Pedroca) ao projeto que concede aumentos significativos nos salários do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais.

Com a decisão, o salário do atual prefeito Juliano Peixer foi reajustado de R$ 14.500,00 para R$ 18.400,00, um aumento de 27,37%. Já os secretários municipais passarão a receber R$ 9.800,00. Esses valores serão aplicados também aos cargos de primeiro escalão da administração indireta, com vigência retroativa a 1º de janeiro de 2025.

Favoráveis ao aumento:

  • Alexandre Peixer Baltazar
  • Almir Peixer
  • Fábio Norberto Sturmer
  • Jardel Corrêa
  • Matheus Gonçalves
  • Ronaldo Melo

Contrários ao aumento:

  • José Leopoldo Silveira
  • Kristiani Caxias e Silva
  • Mário Antônio Garcia Teixeira
  • Teodoro Marcelo Adão

Gustavo Grimm (presidente da Câmara):
Ao ser questionado sobre sua posição, Gustavo afirmou: “Já teve sessão sobre o assunto e deliberado.” Como presidente, ele não vota, exceto em casos de empate. Vale lembrar que, em 2024, Gustavo votou a favor do aumento.

Kristiani Caxias e Silva:
A vereadora fez um longo discurso justificando seu voto contrário:
“Ao longo da campanha eleitoral se falava de reforma administrativa, de redução de custos da prefeitura por todos os candidatos. No dia 1º de janeiro de 2025, a antiga gestão afirmou publicamente que não sabia como havia conseguido pagar os salários dos funcionários públicos. Diante disso, não considero responsável aprovar um aumento em 15 dias de gestão, quando o prefeito ainda não tinha pleno conhecimento das finanças do município.”

Kristiani também destacou que, embora o prefeito e secretários mereçam aumento, a prioridade deveria ser para outras categorias como garis, merendeiras e auxiliares:
“Não estou dizendo que eles não são merecedores, mas essa questão não era urgente. Caso o município não consiga arcar com esse aumento, pode respingar na população, como em aumento de taxas de água, lixo e IPTU.”

Mário Teixeira e Teodoro Marcelo Adão:
Os vereadores mantiveram seu voto contra o aumento, reforçando a necessidade de cautela em decisões que impactam os cofres públicos.

A promulgação da nova legislação foi assinada pelo presidente Gustavo Grimm, e os reajustes já entram em vigor, trazendo à tona debates sobre prioridades e responsabilidades na gestão pública.

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