Em uma decisão recente que gerou debates, o Governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), vetou um projeto de lei de autoria do deputado Jessé Lopes (PL), que faz parte de seu próprio partido. O projeto, aprovado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), propunha o reconhecimento da necessidade de porte de arma para vigilantes fora do local de trabalho.
Jorginho Mello justificou seu veto alegando inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público. Já Jessé Lopes afirma que o projeto seria um meio de apoiar os vigilantes em seus pedidos de porte de arma junto à Polícia Federal. “É um apoio e um reforço para estes profissionais, para que possam juntar em seus processos e entrar com pedidos junto à Polícia Federal requerendo este direito”, explicou o deputado.
Na esfera das redes sociais, o veto do governador encontrou apoio entre simpatizantes do presidente Lula. Um internauta comentou: “Até relógio quebrado acerta a hora 2x por dia”, fazendo uma analogia sobre a decisão do governador.
Jessé Lopes, em entrevista nesta segunda-feira (13), esclareceu que o projeto não visa conceder diretamente o porte de arma, mas sim reconhecer a necessidade desse direito para os vigilantes. “O meu projeto não está dando porte de arma para ninguém. Isso aqui é um título. Nós estamos reconhecendo a ALESC que reconhece que o vigilante privado precisa portar arma para se defender”, afirmou Lopes. Ele também criticou a postura do governador, sugerindo que o veto foi resultado de uma má assessoria.
Segundo o deputado, o projeto deveria fortalecer o pedido dos vigilantes, mas continua dependendo da avaliação e autorização da Polícia Federal. “O governador vai lá e veta porque está mal assessorado”, disse Jessé, ressaltando que continuará defendendo a proposta e tentará derrubar o veto. Ele enfatizou a complexidade das responsabilidades do governador e afirmou não culpar Jorginho Mello pela decisão, mas reforçou a importância de defender o projeto.