Marina coloca culpa em “vingança” após recorde de desmatamento no Brasil

O desmatamento na Amazônia atingiu um recorde em fevereiro deste ano, com 209 km² de floresta devastados, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que há uma “ação criminosa” em curso na região, com o objetivo de aumentar a destruição florestal. Segundo ela, há uma espécie de vingança em relação às ações tomadas pelo governo para combater atividades ilegais na área.

Marina Silva participou de uma reunião no Palácio Itamaraty com o enviado especial do governo dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, que está no Brasil para discutir medidas de preservação do meio ambiente e combate ao desmatamento. A ministra ressaltou a transparência dos dados e disse que o governo está trabalhando para identificar os responsáveis pela ação criminosa e enfrentá-los.

Ela também anunciou que um plano de combate ao desmatamento será relançado em abril deste ano, com medidas atualizadas. Marina Silva destacou que o problema é complexo e que a solução não é mágica, mas que o governo está trabalhando em várias frentes para acabar com o desmatamento ilegal e outras criminalidades no país.

Os dados do INPE indicam que o recorde de desmatamento em fevereiro pode ser ainda maior antes do final do mês. Desde 2015, quando a série histórica começou a ser registrada, nunca houve uma devastação tão grande da floresta amazônica em fevereiro.

A ministra alertou que a destruição da floresta tem consequências não só para o meio ambiente, mas também para a economia e a imagem do país no cenário internacional.

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