O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), está envolvido em uma polêmica por ter utilizado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para participar de leilões de cavalos de raça, cujos valores chegam a ultrapassar R$ 1 milhão. Além disso, Juscelino recebeu diárias pagas pelo governo para participar desses eventos, que eram privados e sem nenhuma relação com suas atribuições oficiais.
A viagem ocorreu em janeiro deste ano, quando Juscelino saiu de Brasília para São Paulo, alegando uma “viagem urgente” com compromissos oficiais que somaram apenas duas horas e meia. A partir daí, o ministro dedicou-se exclusivamente aos eventos com cavalos, que foram custeados com verba pública. Embora a justificativa do deslocamento tenha sido “viagem urgente”, a agenda do ministro não informa sua presença em nenhum dos eventos envolvendo animais.
Além dos leilões de cavalos de raça, o dinheiro público também pagou despesas de Juscelino em outro evento sem relação com o Ministério das Comunicações. No sábado, 28 de janeiro, o ministro reinaugurou uma praça em Boituva, revitalizada e agora batizada com o nome do cavalo Roxão.
A reforma da “Praça do Roxão” custou R$ 195 mil, com dinheiro da prefeitura. Dantas, o empresário que é sócio do ministro e foi proprietário do cavalo, doou materiais elétricos e uma escultura de metal do animal que fez história nas competições de vaquejada.
Após a repercussão negativa do caso, Juscelino não explicou por que usou avião da FAB e nem o recebimento das diárias.
Embora as atribuições de sua pasta não tenham relação direta com animais, o ministro tem usado o cargo para consolidar seu prestígio no mundo dos cavalos.
Durante o tour, Juscelino foi homenageado na festa do “Oscar do Quarto de Milha” e afirmou que pretende alavancar o mercado de equinos.
O episódio tem gerado críticas de diversas partes da sociedade, que questionam a utilização de verba pública para eventos privados, sem nenhuma relação com as atribuições do ministro.
Além disso, a utilização de um avião da FAB para fins particulares, sem justificativa adequada, viola as normas que regem o uso de recursos públicos. O caso reforça a necessidade de transparência e rigor na gestão dos recursos públicos, especialmente em um momento em que o país enfrenta graves desafios econômicos e sociais.