Santa Catarina reelege 2 dos 28 prefeitos presos em operações nos últimos 4 anos

Dois dos prefeitos presos em Santa Catarina desde 2020 conseguiram se reeleger nas eleições municipais de 2024. 

Entre os cinco gestores municipais que disputaram o pleito deste ano, um foi eleito vereador suplente, enquanto dois não obtiveram êxito em suas candidaturas. Todos tiveram suas candidaturas deferidas pela Justiça Eleitoral. 

No total, 28 prefeitos foram presos em operações policiais ao longo dos últimos quatro anos, e 14 deles não puderam se candidatar novamente por já terem sido reeleitos em 2020.

Patrick Corrêa, prefeito de Imaruí, no Sul de Santa Catarina, foi um dos reeleitos. Ele conquistou 4.378 votos, representando 55,76% dos votos válidos, concorrendo pelo Republicanos. Corrêa havia sido preso em abril de 2023 na quarta fase da Operação Mensageiro, que investiga corrupção em licitações de coleta de lixo em várias cidades catarinenses. Ele foi solto em setembro de 2023.

O outro prefeito reeleito foi Marcelo Baldissera, de Ipira, no Oeste do estado. Ele recebeu 1.729 votos, correspondendo a 48,80% dos votos válidos, pelo Partido Liberal (PL). Baldissera foi preso em junho de 2024 durante a Operação Fundraising, que investiga fraudes em licitações e desvio de recursos públicos. Ele foi libertado em julho do mesmo ano.

Joares Ponticelli, ex-prefeito de Tubarão, concorreu ao cargo de vereador e garantiu uma vaga como suplente, obtendo 919 votos pelo Progressistas (PP). Ponticelli foi preso em fevereiro de 2023 na Operação Mensageiro e, após ser solto em junho, renunciou ao cargo de prefeito.

Entre os que tentaram a reeleição, mas não foram eleitos, está Ari Bagúio, prefeito de Ponte Alta do Norte, no Oeste de Santa Catarina. Ele obteve 804 votos, o que equivale a 36,18% dos votos válidos, sendo derrotado por Michel Moreira (MDB), que recebeu 1.418 votos. Bagúio foi preso em janeiro de 2024 na Operação Limpeza Urbana, que apura irregularidades na contratação de serviços de limpeza pública. Ele foi solto em maio.

Fernando de Fáveri, prefeito de Cocal do Sul, também não foi reeleito. Ele recebeu 5.307 votos, ou 46,97% dos votos válidos, perdendo para Ademir Magagnin (PP), que obteve 5.991 votos. Fáveri foi preso em junho de 2024 na Operação Fundraising e foi solto em julho.

Além desses cinco prefeitos, 14 dos 28 que foram presos desde 2020 não puderam participar das eleições de 2024 porque já haviam sido reeleitos em 2020. Entre eles estão Adelmo Aberti, de Bela Vista do Toldo, e Beto Passos, de Canoinhas, envolvidos em diferentes fases das operações que investigam corrupção no estado.

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