A deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) voltou a protagonizar um novo capítulo da crise dentro do Partido Liberal de Santa Catarina. Após ser alvo de críticas diretas do senador Jorge Seif (PL-SC) durante um discurso inflamado no Senado, na noite de terça-feira (4), a parlamentar catarinense reagiu nas redes sociais do Jornal Razão.
O embate, que expõe as divisões internas da direita catarinense, ganhou força nas publicações do Jornal Razão, onde ambos os políticos repercutiram suas falas e comentários.
O ataque de Seif no Senado
Durante sua fala no plenário, Seif defendeu com veemência o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Carlos Bolsonaro, pré-candidato ao Senado por Santa Catarina. O senador afirmou que o pedido para apoiar Carlos partiu “diretamente do presidente Bolsonaro” e criticou aqueles que, segundo ele, estariam virando as costas ao ex-presidente.
Seif mirou em Campagnolo, dizendo que “uma deputada estadual que era só professora até ontem e agora se acha líder da direita catarinense e fala mal do filho do presidente”. Em outro trecho, acusou parlamentares do PL de “ingratidão” e “traição”, reforçando que “quem não for leal, que apague as fotos com Bolsonaro das redes sociais”.
O discurso de Seif teve forte repercussão nacional e, em Santa Catarina, foi amplamente discutido nas redes sociais do Jornal Razão, onde o senador foi defendido e criticado por diferentes segmentos da base bolsonarista.

A reação de Campagnolo
Pouco depois da publicação da reportagem do Jornal Razão sobre o discurso, Ana Campagnolo comentou diretamente no post, reagindo de forma provocadora.
“Eu sempre fui mais macho que esse senador. Ele não gosta de mim há tempos, porque já disse isso na cara dele”, escreveu a deputada em resposta a um internauta.
Em outro comentário, Campagnolo ironizou o encerramento do discurso de Seif, no qual ele declarou apoio simultâneo a Carlos Bolsonaro, Caroline de Toni e Esperidião Amin:
“Assistam até o final desse pronunciamento. Ele diz: ‘meu candidato é Carlos, Carol e Amin!’ Ele tem três candidatos pra duas vagas! O cérebro dele derreteu?”, afirmou a parlamentar, completando com críticas à falta de posicionamento dentro do partido:
“Não tem nenhum macho corajoso o suficiente para dizer o que realmente pensa. Ninguém mais com culhões pra enfrentar os termos do acordo e defender o melhor para o nosso estado.”
A escalada da crise no PL catarinense
As trocas de farpas entre Seif e Campagnolo representam mais um episódio da disputa que fragmenta o PL de Santa Catarina desde o anúncio da pré-candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado.

Enquanto o grupo de Campagnolo tenta manter independência da direção nacional, setores ligados ao governador Jorginho Mello e ao próprio Seif defendem total alinhamento ao ex-presidente.
A crise, que começou com as declarações de Campagnolo afirmando que Carlos “desestabilizou o projeto da direita catarinense”, escalou nas últimas 48 horas com pronunciamentos públicos, comentários em redes sociais e reações em cadeia — todas acompanhadas e publicadas pelo Jornal Razão, que tem sido o principal canal de cobertura da política catarinense.
Clima de guerra declarada
Nos bastidores, aliados avaliam que a troca de ataques entre os dois parlamentares dificilmente terá recuo. Seif reafirmou lealdade “incondicional” ao ex-presidente, enquanto Campagnolo tem reforçado o discurso de que o PL catarinense “não deve ser comandado de fora do estado”.
A temperatura política dentro do partido segue alta, e a disputa promete marcar o próximo ano eleitoral em Santa Catarina — com o Jornal Razão acompanhando cada novo desdobramento.