Com um cenário alarmante de pessoas agonizando nos corredores dos hospitais em Santa Catarina, a população se vê acuada diante da explosão recorde de casos da doença. Diante dessa situação crítica, o Governo do Estado tomou uma medida drástica, decretando situação de emergência epidemiológica para lidar com a crise.
Nesta quinta-feira (22), a governadora em exercício Marilisa Boehm e a secretária de saúde Carmen Zanotto assinaram o decreto em Joinville, cidade mais afetada pela epidemia, registrando seis mortes em decorrência da doença. Este é o terceiro ano consecutivo que Santa Catarina enfrenta uma situação de emergência devido à dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Os números são alarmantes: desde o início do ano, já foram confirmados quase 17,6 mil casos prováveis da doença, representando um aumento de 650% em comparação com o mesmo período de 2023. Além disso, o estado registrou oito mortes causadas pela dengue.
O governo estadual justifica o decreto pela saturação na busca por atendimento na rede de saúde pública, além da elevada quantidade de focos do Aedes aegypti, identificados em 215 dos 295 municípios catarinenses.
Em resposta a essa crise, o Ministério da Saúde enviou o primeiro lote de vacinas contra a dengue para o estado. Inicialmente, serão beneficiadas crianças de 10 e 11 anos de 13 municípios do Norte, região mais afetada pela doença.
Os municípios contemplados com as primeiras doses são Araquari, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Corupá, Garuva, Guaramirim, Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville, Massaranduba, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú e Schroeder.
É importante destacar que a escolha do público-alvo levou em consideração a quantidade limitada de doses nesta primeira etapa. Cada criança deverá receber duas doses da vacina, com um intervalo de três meses entre elas. O estado aguarda a chegada de mais 14,1 mil doses, totalizando 30 mil na primeira fase da campanha de vacinação.