Santa Catarina vive um momento crítico em seu sistema de saúde, com um alarmante índice de ocupação de leitos de UTI, alcançando 88,47% em todo o estado. Esta situação se agrava com a ascendência dos casos de dengue e Covid-19, impactando diretamente na disponibilidade de atendimento hospitalar.
Em um cenário detalhado divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), constatou-se que, dos 1.249 leitos de UTI ativos, somente 147 estavam livres na manhã desta quinta-feira (6). A situação mais grave é observada no Oeste Catarinense, onde a capacidade está completamente esgotada, sem leitos disponíveis para novas internações, tanto para adultos quanto para crianças.
Outras regiões apresentam números também preocupantes: a Grande Florianópolis registra 93,46% de ocupação de seus leitos de UTI, enquanto o Planalto Norte Catarinense mostra um índice de 95,09%. O Meio-Oeste e o Vale do Itajaí apresentam taxas de 87,36% e 81,20%, respectivamente.
Diante desse quadro, a campanha de vacinação contra a dengue mostra-se essencial, porém, até o momento, apenas 17,5% do público infantil alvo foi vacinado nos municípios participantes, levando à necessidade de expandir a faixa etária de imunização para abranger crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.
A Dive/SC aponta quase 40 mil casos prováveis de dengue no estado, com 16 óbitos confirmados e mais seis em investigação, destacando a severidade da situação em regiões como Joinville, Itajaí, Blumenau e Grande Florianópolis.
Para enfrentar essa emergência sanitária, a Secretaria de Saúde planeja solicitar apoio financeiro federal para reforçar o quadro de agentes de combate a endemias, decisão anunciada em recente reunião na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.