Cirurgias cardíacas de alta complexidade foram realizadas em Florianópolis com a utilização de três tecnologias inéditas em Santa Catarina. No início deste mês, a capital recebeu especialistas internacionais, como Lorenzo Azzalini, um dos cinco principais profissionais do mundo em sua área, que veio de Seattle, maior referência em intervenção complexa nos EUA, para realizar casos de extrema dificuldade, em pacientes vindos de diversas partes do país.
— Três novas tecnologias em especial estão revolucionando o tratamento de pacientes com altíssimo risco e foram aplicadas de forma inédita aqui em Santa Catarina. A primeira é o Impela, um suporte que funciona como coração artificial, bombeando sangue para o resto do corpo, enquanto o coração relaxa durante o procedimento.
Para os casos de oclusão crônica das artérias, o balão chamado shockwave é mais resistente e dá pulsos eletrônicos para quebrar o cálcio acumulado. É um grande avanço na modificação de lesões calcificadas, pois com suas ondas supersônicas modifica a placa de modo mais efetivo para um ótimo implante dos stents, diminuindo assim risco de novos infartos e morte — afirmou o cardiologista catarinense Marcelo Harada Ribeiro, que atuou ao lado de Azzalini no evento CTO CHIP (Complex and High-risk Indicated Patients).
A terceira inovação é o uso de imagem intravascular com a tomografia de coerência óptica, que veio para substituir o ultrassom.
— Essa tecnologia nos dá uma resolução 10 vezes maior, sendo assim fundamental para entendermos melhor a doença e buscarmos as melhores formas de combatê-la — concluiu Harada.
Ao todo foram realizados 13 casos, todos com sucesso.
Fonte: NSC Total