O sistema hospitalar de Santa Catarina enfrenta uma situação crítica quanto à disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos. De acordo com dados atualizados às 19h13 desta terça-feira (13) pelo Centro de Informações Estratégicas para a Gestão do SUS de Santa Catarina (CIEGES/SC), as regiões do Vale do Itajaí e Foz do Rio Itajaí estão com 100% de ocupação dos leitos adultos e não há nenhuma vaga disponível.
Outras cinco regiões também estão próximas de atingir a ocupação total. No Planalto Norte e Nordeste, há apenas um leito livre, com taxa de 99,5% de ocupação. O mesmo ocorre no Grande Oeste, que tem 98,6% de ocupação. Na Grande Florianópolis, restam três leitos, com ocupação de 98%, e no Sul do Estado a taxa é de 97,7%, com o mesmo número de leitos vagos. Já a Serra apresenta 96,5% de ocupação, com dois leitos disponíveis. A única região com situação relativamente menos crítica é o Meio Oeste, que registra 86,6% de ocupação e 15 leitos adultos disponíveis.
A taxa de ocupação geral dos leitos de UTI no Estado — somando adultos, pediátricos e neonatais — é de 92,2%. Santa Catarina conta com 113 leitos disponíveis em toda a rede hospitalar. Entre as regiões com maior ocupação geral, estão Planalto Norte e Nordeste (98,6%), Grande Oeste (98%), Foz do Rio Itajaí (97%) e Grande Florianópolis (93,8%).
No caso das UTIs neonatais, o Oeste registra 100% de ocupação, sem qualquer vaga. O Planalto Norte e Nordeste aparece com 97,8% e o Grande Oeste, com 95%. Já na UTI pediátrica, a situação mais crítica é no Hospital Infantil de Florianópolis, onde a maioria das internações é de bebês com doenças respiratórias, embora os dados absolutos não tenham sido especificados.
Desde 2023, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), foram abertos 264 novos leitos de UTI em todo o Estado. A pasta também prevê a criação de mais 30 leitos nas regiões mais afetadas atualmente: Vale do Itajaí, Norte e Foz do Rio Itajaí. Atualmente, a SES aponta um total de 117 leitos disponíveis em sua rede direta, sendo 34 adultos, 47 neonatais e 36 pediátricos. A taxa de ocupação hospitalar da rede estadual é de 91,9%.
O sistema estadual de saúde funciona em regime de rede integrada. Quando não há leitos em uma unidade específica, o serviço de regulação busca vagas em hospitais da mesma região, ou em outras regiões e até mesmo na rede privada, se necessário.
Como medida preventiva, a SES reforça o monitoramento da situação hospitalar e da evolução de doenças respiratórias. A vacina contra a gripe está disponível para toda a população. Apesar da alta na ocupação hospitalar, o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2025 ainda está abaixo do registrado no mesmo período de 2024.
Fonte: NSC TOTAL