Acusado de matar próprio filho por choro vai a júri popular

Por Redação

Publicado em 27/07/2022 16h09 | Atualizado há 152 dias

Acusado de matar o próprio filho, de apenas três meses, por se irritar com o choro, está sendo julgado, na manhã desta quarta-feira (27), pelo Conselho de Sentença de Navegantes. Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por homicídio triplamente qualificado com motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima. Foram justificativas da decisão a irritação, brutalidade, vulnerabilidade e ausência da mãe ao praticar o ato hediondo. 

O crime aconteceu em 12 de fevereiro de 2021, no bairro São Domingos, em Navegantes. Segundo o processo, o homem estava sozinho em casa com o filho recém-nascido, que começou a chorar. Ao não conseguir acalmar o bebê, o réu golpeou violentamente o rosto da criança e, posteriormente, apertou brutalmente seu corpo. A esposa do acusado estava trabalhando no momento dos fatos. 

A criança morreu por traumatismo cranioencefálico e o pai preso em flagrante. Semanas depois, o homem teve a prisão preventiva decretada e permanece à disposição da Justiça desde então.

A Sessão conta com a presença do Juízo da Vara Criminal, 2ª Promotoria de Justiça, defesa, réu, testemunhas, órgãos de segurança e público geral.

SOBRE O CRIME

A Polícia Militar foi acionada na noite do dia 12 de fevereiro do ano passado, na Rua José Silvestre Toledo dos Santos, onde o pai matou o próprio filho.

Segundo os agentes, a mãe do bebê recém-nascido teria retornado ao trabalho, após a licença maternidade, naquele dia, e deixou o bebê com a babá até às 15h. Depois desse horário, o pai teria ficado responsável pelos cuidados com o filho. Quando a mulher voltou para casa, por volta das 18h, percebeu que o bebê não respirava.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e levou a criança para o hospital de Navegantes, mas  a ela já estava sem vida. O Instituto Médico Legal (IML) realizou a perícia e acredita que a criança faleceu por volta das 16h.

O pai disse que teria se irritado com o recém-nascido, devido ao choro contínuo, e lhe deu um tapa forte, fazendo-o cair no chão. A versão foi desmentida após laudo médico no hospital, que apontou a causa da morte como esganadura. Ele foi preso em flagrante e encaminhado para Central de Plantão Policial de Itajaí.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC/ Click Comburiú

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