Um homem foi preso em flagrante nesta quinta-feira (3) no bairro Paranaguamirim, zona sul de Joinville, por comercializar ilegalmente produtos altamente tóxicos, como o chumbinho, além de manter animais silvestres em condições irregulares. A ação conjunta envolveu a DIC (Divisão de Investigação Criminal), a Delegacia de Proteção Animal, a Polícia Científica, a CIDASC e a Vigilância Sanitária do município.
Durante a operação, os agentes apreenderam uma grande quantidade de agrotóxicos vencidos e substâncias proibidas, incluindo frascos de chumbinho armazenados de forma irregular, inclusive na cozinha da residência. Segundo a Polícia Civil, havia sinais claros de fracionamento e venda clandestina desses produtos, o que agrava a gravidade do caso.
Além das infrações ambientais, os policiais também constataram maus-tratos a animais e a manutenção de espécies silvestres sem autorização. Um menor de idade trabalhava na agropecuária, o que levou à inclusão do crime de corrupção de menores entre as acusações.
A delegada Tânia Harada, que atua na Delegacia de Proteção Animal, afirmou que o uso do chumbinho é extremamente perigoso e representa risco direto à saúde pública e aos animais. “Esse produto causa sofrimento intenso e a morte de forma irreversível. É uma substância extremamente letal”, destacou.
O homem preso responderá por múltiplos crimes, entre eles: venda ilegal de agrotóxicos, armazenamento inadequado de substâncias tóxicas, maus-tratos a animais, manutenção irregular de fauna silvestre e corrupção de menores. A somatória das penas pode ultrapassar 29 anos de reclusão.
As investigações seguem com foco na identificação de fornecedores dos produtos proibidos. A polícia também deve aprofundar as diligências com apoio de órgãos estaduais e municipais.
A delegada reforçou a importância da participação popular nas denúncias. “Faço um apelo à comunidade que, tomando conhecimento de alguma situação dessa, de alguém que está comercializando esse tipo de produto, denuncie. Porque o seu ‘animalzinho’ de estimação pode ser a próxima vítima”, afirmou.