Uma cobra foi encontrada sob um bebedouro em uma escola de educação infantil e fundamental no bairro Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis, no dia 5 de março. O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) foi acionado por volta das 11h27 para realizar a captura do animal peçonhento.
De acordo com os bombeiros, o animal foi identificado como um filhote de jararaca. O local já havia sido isolado por funcionários da escola antes da chegada da guarnição. Após a captura, a serpente foi solta em uma área de mata distante de residências e comércios. Ninguém ficou ferido durante a ocorrência.
A corporação informou que, entre 1º de janeiro e 19 de fevereiro deste ano, foram registrados 203 chamados para busca e captura de animais peçonhentos em Santa Catarina. O número representa aumento de 54,54% em relação ao inverno de 2024, quando foram atendidas 85 ocorrências do mesmo tipo.
Além do crescimento nas capturas, houve também aumento nos atendimentos pré-hospitalares (APH) relacionados a ataques de animais peçonhentos. No inverno do ano passado, os bombeiros prestaram atendimento em 11 casos. Nos primeiros meses de 2025, esse número subiu para 17.
Para prevenir acidentes com cobras e outros animais venenosos, o CBMSC orienta a população a usar botas de cano alto ou botinas com perneiras ao transitar por áreas de mata ou vegetação densa. Também é recomendado evitar colocar as mãos em buracos, pilhas de folhas ou entulhos, locais que podem servir de abrigo para serpentes.
Manter quintais limpos e sem acúmulo de lixo ou entulho também é indicado, já que a presença de roedores pode atrair cobras. Durante trilhas ou trabalhos em áreas abertas, a recomendação é redobrar a atenção.
Em caso de picada, o CBMSC destaca que a orientação é lavar o local com água e sabão, evitar movimentar-se para não espalhar o veneno e retirar objetos como anéis e pulseiras, que podem prejudicar a circulação em caso de inchaço. Torniquetes, cortes e aplicação de substâncias caseiras não são recomendados. O socorro deve ser acionado pelos telefones 193 ou 192, e, se possível, uma foto do animal deve ser feita para auxiliar no tratamento.