Um jovem de 24 anos foi preso neste domingo (1º) suspeito de assassinar a mãe, Susimara Gonçalves de Souza, e o padrasto, Pedro Ramiro de Souza, com o objetivo de ficar com a herança do casal. O crime, inicialmente tratado como um caso patrimonial, revelou indícios de premeditação após as investigações avançarem.
De acordo com o delegado Roney Péricles, que passou detalhes ao repórter Osmar Teixeira, o crime ocorreu no dia 23 de novembro, quando o próprio filho acionou os bombeiros relatando ter encontrado os corpos desacordados na residência da família. “O ingresso na residência dos autores se deu com uma antecipação que fugia à regra. Utilizaram o controle do portão de forma regular, o que chamou a atenção por ser incomum em crimes patrimoniais”, explicou o delegado.
Comportamento Tranquilo e Indícios Suspeitos
Durante os interrogatórios, o jovem se mostrou tranquilo, sem demonstrar nervosismo, o que intrigou a equipe de investigação. Segundo o delegado, “ele se mostrou muito calmo, colaborando com as investigações, o que por vezes até demonstrava uma certa utilidade.”
Outro detalhe que chamou atenção foi o fato de o acusado usar seu celular para reforçar sua versão dos acontecimentos. “Ele buscava no aparelho mensagens que dizia ter trocado com a mãe naquela noite, tanto com os policiais que atenderam o local quanto com a nossa equipe.”
Linhas de Investigação e Motivações
As investigações apontam que o crime pode ter sido motivado pela herança do casal. “Hoje, a principal linha de investigação é homicídio qualificado por motivo torpe”, revelou o delegado. No entanto, a dinâmica completa dentro da residência ainda não foi esclarecida. Sabe-se que o filho estava no local no momento do crime e entrou acompanhado de outra pessoa, mas o papel de cada um ainda está sendo analisado.
Quanto ao histórico do acusado, não há registros criminais anteriores, mas familiares relataram desconfianças sobre envolvimento com drogas, sem provas concretas até o momento.
Próximos Passos
A investigação entra agora em uma nova fase, onde as provas coletadas serão aprofundadas para determinar a capitulação exata dos crimes cometidos. “Ainda é cedo para definir todas as acusações, mas a equipe trabalha para reunir mais elementos que esclareçam completamente a motivação e a participação dos envolvidos”, concluiu o delegado.
O caso continua em andamento, e mais informações devem ser divulgadas conforme as apurações avançarem.