Uma jovem de apenas 19 anos, identificada como Luiza Clara da Silva, teve a vida interrompida de forma brutal após ser agredida pelo próprio marido em Criciúma. O crime aconteceu no último dia 13 de abril, quando a vítima foi imobilizada com um golpe de mata-leão dentro da residência do casal, no bairro Cristo Redentor. A morte foi confirmada quatro dias depois, na quinta-feira (17), após ela passar esse período em estado grave na UTI do Hospital São José.
Segundo a Polícia Militar, o próprio agressor acionou o socorro após notar que a companheira havia perdido os sentidos. Ela foi encontrada caída na cozinha, sem sinais vitais. A equipe do Samu conseguiu reanimá-la no local e a levou imediatamente para o hospital. No entanto, após dias de internação, o quadro clínico se agravou e Luiza não resistiu.
A motivação do crime, de acordo com a investigação conduzida pela Delegacia da Mulher e do Adolescente de Criciúma, seria um desentendimento causado pela separação do casal. O autor, cujo nome não foi divulgado, foi preso em flagrante no dia da agressão e permanece detido por força de mandado de prisão preventiva. Ele deve responder pelo crime de feminicídio consumado.
Natural de Santana, no estado do Amapá, Luiza Clara havia se mudado para Santa Catarina e deixava duas crianças: uma menina de quatro anos e um bebê recém-nascido. A notícia da morte causou forte comoção nas redes sociais, onde amigos e familiares prestaram homenagens, lembrando dela com carinho pelo apelido “Clara”.
A família da jovem enfrenta agora um novo desafio: levar o corpo de volta para o Amapá. O pai e a madrasta — que também está em puerpério, com um bebê de 20 dias — conseguiram viajar até Criciúma, mas a mãe permanece no estado de origem, à espera do translado. Para custear os cerca de R$ 25 mil necessários, foi criada uma campanha virtual com o apoio da equipe médica do hospital.