O caso do desaparecimento de um menino de 2 anos em Santa Catarina, que foi encontrado em São Paulo na segunda-feira (8), ainda está sob investigação. De acordo com informações do G1 SC, a Polícia Civil de Santa Catarina investiga mais duas pessoas, além de um homem e uma mulher que já foram detidos, suspeitos de tráfico de pessoas.
A investigação, conduzida pela delegada Sandra Mara, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de São José, corre em sigilo. A mãe da criança teria sido induzida a doar o menino. Segundo a investigação, ela conheceu o homem preso através de um grupo de gravidez nas redes sociais, onde ele teria tentado convencê-la a entregar o bebê. Os investigadores buscam entender se houve troca financeira durante a doação.
A mãe do menino nega ter recebido dinheiro, mas a delegada afirma que a quebra de sigilo bancário dos envolvidos será necessária para confirmar essa informação. A delegada destaca que a mãe da criança é emocionalmente e psicologicamente vulnerável, e o pai da criança não foi encontrado.
A volta do menino para Santa Catarina depende de uma decisão judicial em São Paulo. O Ministério Público de Santa Catarina entrou com uma ação para que a criança seja transferida para São José, na Grande Florianópolis, onde reside a família.
A defesa de Roberta, uma das suspeitas, nega o crime de tráfico de pessoas e afirma que a mãe entregou o bebê voluntariamente, junto com os documentos. A advogada Fernanda Salvador argumenta que a mãe estaria em um ambiente vulnerável e tóxico quando conversou com o casal de São Paulo.
As defesas dos outros envolvidos também afirmam que o menino foi entregue voluntariamente, mas a investigação segue em andamento para esclarecer os detalhes e responsabilidades no caso.