Após o trágico ataque a uma escola em Blumenau, Santa Catarina, que resultou na morte de quatro crianças, diversas organizações e instituições estão empenhadas em implementar medidas rigorosas de segurança nas escolas do país.
Como medidas, Amábile Pacios, vice-presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), defende o uso controlado de armas de fogo por seguranças, através de treinamentos e técnicas avançadas de resposta a ataques. Ela ressalta, também, a importância de adotar câmeras de segurança, catracas e outros dispositivos, além de políticas públicas que aumentem o número de policiais na patrulha escolar.
No entanto, especialistas alertam que aumentar a segurança nas escolas não resolverá o problema dos ataques por si só. Telma Vinha, coordenadora do Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, acredita que o foco deve ser a educação, que precisa proporcionar afeto e senso de comunidade aos alunos. Vinha argumenta que a vigilância escolar não altera os sentimentos, preconceitos e uso da violência por parte dos adolescentes. A transformação deve ocorrer por meio do pertencimento, afeto, comunidade e diálogo.
Para auxiliar nesse processo, a Associação Brasileira de Educação Infantil (ASBREI) planeja promover um ciclo de palestras e treinamentos com especialistas em segurança preventiva em todo o país. Medidas como detectores de metal, catracas e seguranças armados devem ser implementadas para aumentar a segurança nas escolas. Além disso, as organizações recomendam a colaboração de policiais.