“Mexeu a mãozinha no caixão”: MP investiga se bebê foi velada viva em SC

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou uma investigação para apurar se houve negligência médica no caso de uma bebê de 8 meses, que teria apresentado sinais de vida durante seu velório, no município de Correia Pinto, na noite de sábado (19). O promotor de Justiça da comarca, Marcus Vinicius dos Santos, agiu rapidamente e expediu um ofício à Delegacia de Polícia e à Polícia Científica de Lages para que fossem iniciadas diligências imediatas.

A bebê, identificada como Kiara, havia sido declarada morta pelo hospital local, mas durante o velório familiares teriam percebido que o corpo da menina ainda estava quente e, de forma surpreendente, ela parecia mover os braços. Ao ser chamada, a equipe dos bombeiros constatou batimentos cardíacos fracos e sinais de saturação de oxigênio, o que levantou suspeitas de que a criança poderia estar viva. Mesmo assim, ao ser levada novamente ao hospital, a direção reafirmou o óbito, após realizar um novo eletrocardiograma que não detectou sinais vitais.

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Diante da gravidade do ocorrido, o promotor Marcus Vinicius dos Santos requisitou que sejam investigadas todas as circunstâncias do caso. Ele solicitou, em especial, um exame cadavérico detalhado para verificar o horário exato da morte e se houve falhas no atendimento médico. O MPSC também pediu a análise do prontuário médico da criança, o depoimento dos pais, dos bombeiros e dos profissionais que participaram do atendimento, com foco em possíveis contradições nos laudos emitidos.

“É precipitado tirar conclusões definitivas antes da realização dos laudos periciais, mas o fato de a bebê ter apresentado sinais vitais no velório não pode ser ignorado”, afirmou o promotor. Ele destacou que, além da questão dos batimentos cardíacos, o estado de Kiara apresentava outros sinais que poderiam indicar morte, como pupilas dilatadas e partes do corpo arroxeadas. A prioridade agora é determinar se houve alguma falha desde o primeiro atendimento no hospital, na quinta-feira (17), quando a criança foi diagnosticada com uma virose e liberada.

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O MPSC aguarda o resultado do exame cadavérico, que deve ficar pronto em aproximadamente 30 dias, para dar andamento às medidas legais cabíveis. A investigação está sendo conduzida com o objetivo de esclarecer a situação e assegurar que nenhuma negligência tenha ocorrido.

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