Em uma decisão aguardada há oito anos, o ex-policial militar André Luiz de Azevedo foi condenado a 16 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Itajaí nesta quarta-feira (31).Ele foi considerado culpado pelo homicídio de Cristofer Mendes da Silva, um pintor de Brusque que foi baleado após um incidente na Rodovia Antônio Heil em 5 de agosto de 2015.
Na fatídica noite, a vítima estava retornando para Brusque com sua esposa e filho recém-nascido de apenas dois meses quando seu carro atingiu a motocicleta conduzida por pelo ex-policial. O pintor parou para prestar socorro ao motociclista. No entanto, receoso de ter seu veículo apreendido devido à falta de habilitação, decidiu deixar o local. Foi quando foi surpreendido por uma série de disparos, um dos quais o atingiu na cabeça.
O pintor, gravemente ferido, foi levado ao hospital, mas morreu 40 dias depois, em 20 de setembro, devido aos ferimentos.
Durante o julgamento, o Tribunal do Júri acolheu a tese apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que alegava que ex-policial havia atirado na vítima por um motivo fútil e usado um recurso que impossibilitava a defesa da vítima. O Promotor de Justiça Jackson Goldoni representou o MPSC no caso.
O ex-policial, que respondeu ao processo em liberdade desde janeiro de 2016, tem o direito de recorrer da sentença. A decisão de mantê-lo solto foi justificada pela ausência de indícios de que ele represente um risco à ordem pública.
A família da vítima, que esteve presente durante todo o julgamento, expressou alívio com a decisão, mas destacou a dor perpétua causada pela perda. A esposa e o filho de Silva, presentes no carro durante o incidente, não foram atingidos.