Deise Moura dos Anjos, investigada por múltiplos homicídios, foi encontrada morta dentro da prisão na manhã de quinta-feira (13). Apesar do falecimento, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul seguirá com os inquéritos, segundo informou o chefe da corporação, Fernando Sodré.

A mulher estava prestes a ser indiciada por quatro homicídios triplamente qualificados e duas tentativas de homicídio com as mesmas agravantes. Entre os casos sob investigação, está a suspeita de que Deise tenha envenenado um bolo com arsênio, levando à morte de três pessoas em Torres, no dia 23 de dezembro. Outras três pessoas que consumiram o doce sobreviveram, incluindo sua sogra, Zeli dos Anjos, apontada pela polícia como o principal alvo.

Além disso, as autoridades apuram a possível ligação de Deise com a morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro. O homem teria ingerido bananas e leite em pó contaminados com arsênio. Após a exumação do corpo, exames confirmaram a presença da substância tóxica. A sogra da suspeita também consumiu os alimentos na ocasião, mas sobreviveu, configurando mais uma tentativa de homicídio sob investigação.

As vítimas fatais do envenenamento do bolo foram Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43, e Neuza Denize da Silva dos Anjos, de 65. A suspeita é de que o veneno tenha sido misturado à farinha usada na receita.

Segundo o delegado Marcos Veloso, a suspeita estava presente tanto no episódio do café com leite em pó consumido pelo sogro em setembro quanto no dia em que o bolo foi preparado em Arroio do Sal. Ela própria chegou a ingerir os alimentos e foi hospitalizada, o que pode ter sido uma tentativa de despistar as investigações.

Mesmo com a morte da principal suspeita, a Polícia Civil pretende encerrar os inquéritos e esclarecer todas as circunstâncias dos crimes.