O pequeno José Pietro, de apenas 1 ano e cinco meses, foi velado nesta terça-feira (29), no Cemitério do bairro Fazenda, em Itajaí. A morte da criança comoveu a região e levantou fortes suspeitas de espancamento e possível abuso sexual. A mãe, de 21 anos, e o padrasto, de 17, foram detidos e estão sob investigação.
Segundo o pai da criança, Yorrani, o menino havia sido retirado de sua guarda na quinta-feira anterior à Páscoa. A mãe buscou José Pietro na casa dos avós paternos, em Ilhota, e se recusou a esperar o pai chegar. Alegou que devolveria o filho no domingo de Páscoa, o que não aconteceu.
O pai contou que a família foi bloqueada nas redes sociais e não teve mais notícias da criança. “Ela pegou a criança no dia 17 antes da Páscoa e levou ele e nos bloqueou a minha família inteira no celular. Eu liguei para o irmão dela, que disse que a criança estava bem em Navegantes, mas na verdade estava em Balneário Piçarras. Eu só fui informado que a criança entrou em óbito pelo IML. O padrasto já me ameaçou, e até meu irmão”, relatou Yorrani, em entrevista ao repórter Osmar Teixeira.
José Pietro deu entrada no Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, no domingo (27), já com ferimentos graves. De acordo com a Polícia, ele apresentava múltiplos hematomas, fissuras e uma lesão no fígado, compatível com chutes na região abdominal. Exames iniciais também indicaram sinais de violência sexual.
Moradores do bairro Querosene, onde a mãe e o padrasto moravam com a criança, relataram ter ouvido choros constantes vindo da residência por ao menos dois dias. A Polícia Militar foi acionada e encontrou o bebê em estado crítico. A mãe e o adolescente foram conduzidos à delegacia e seguem custodiados.
O caso está sendo investigado como tortura e, possivelmente, abuso sexual. A delegada Beatriz Ribas conduz o inquérito. O Conselho Tutelar também acompanha o desenrolar da situação.