O homem que causou revolta em Santa Catarina ao chamar os catarinenses de “nazistas” e “gente bosta” desapareceu após intensa repercussão. O caso, revelado em primeira mão pelo Jornal Razão, se espalhou rapidamente por veículos de imprensa de todo o estado, provocando reações de autoridades, influenciadores e moradores indignados.
Mensagem de despedida enigmática
Após os ataques registrados em uma live no Instagram, o artista, que se identifica nas redes como @luisdasletras, desativou seus perfis e publicou uma mensagem enigmática em seu status de WhatsApp. O Jornal Razão teve acesso ao conteúdo. No texto, ele fala em despedida, nega ter cometido crimes e afirma que não aguenta mais viver, citando sentimentos de culpa e críticas à sociedade.
“Deu pra mim, que sou um mal exemplo de homem, de pai. Não quero mais viver (…). O fascismo, nazismo e tudo mais domina nossas vidas”, escreveu o artista.
Investigação em andamento
A Polícia Civil de Santa Catarina confirmou que abriu um inquérito para apurar a conduta do pichador, que durante a live também sugeriu que picharia um muro supostamente pertencente a um ex-policial aposentado. O delegado-geral Ulisses Gabriel, chefe da instituição, repudiou publicamente o conteúdo do vídeo e registrou um boletim de ocorrência por calúnia e difamação.
“Quem vem para Santa Catarina para trabalhar será bem recebido. Mas quem vem para cometer crimes não será aceito”, disse Ulisses nas redes sociais.
Repercussão e apoio
O empresário Luciano Hang também reagiu. Ele publicou um vídeo com críticas contundentes ao autor da live e reforçou a necessidade de respeito aos moradores de SC. “Desrespeitou os catarinenses, afrontou o nosso estado e debochou das autoridades. Se não gosta de Santa Catarina, então vá embora”, disse Hang, utilizando a reportagem do Jornal Razão como referência.
Histórico de militância e publicações polêmicas
Além do vídeo polêmico, o pichador já havia usado as redes sociais para fazer críticas políticas e defender pautas internacionais. Em uma das postagens, ele aparece com uma bandeira da Palestina ao fundo e exige que o governo brasileiro rompa relações com Israel. Em outra, compartilha imagens de crises humanitárias em Gaza e critica a indiferença da sociedade.
Comunidade exige providências
A pressão da população e de autoridades levou à mobilização rápida das instituições. O caso reacende o debate sobre limites da liberdade de expressão, discurso de ódio e responsabilidades nas redes sociais.
Enquanto isso, o paradeiro de Luis Antônio permanece desconhecido. Ele não foi mais visto em seus perfis, nem respondeu a mensagens ou publicações. A Polícia segue investigando e não descarta nenhuma linha de apuração.