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Presidiários de SC gravam vídeo exigindo melhorias: “comida ruim, frio e chuveiro gelado”

Publicado em 06/06/2025 13h56 | Atualizado há 15 dias
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Presos do semiaberto de Tubarão gravaram um vídeo nesta semana relatando supostas represálias, fome, frio e ausência de banho de sol.

O conteúdo foi divulgado nesta quinta-feira (6) e apresenta uma série de denúncias feitas por detentos do Presídio Regional de Tubarão, no Sul de Santa Catarina.

Segundo os presos, a gravação foi possível graças ao celular de um agente penitenciário, que teria permitido a filmagem como forma de tornar públicas as reclamações. “Graças a um agente que nos deu a ideia de fazer esse vídeo, ele nos emprestou o próprio celular”, afirma um dos detentos.

Durante o vídeo, os presos alegam que estão há seis dias sem banho de sol, o que, segundo eles, viola direitos garantidos por lei. Também relatam que foram alvos de gás de pimenta sem justificativa aparente. “Jogaram muito gás de pimenta pelas janelas da cela. Hoje o rango veio top, com tempero misto”, ironizou um dos internos.

Outro ponto levantado é a alimentação: os detentos dizem estar passando fome e relatam que marmitas chegam com supostos “gás de pimenta” como retaliação a reclamações anteriores. Além disso, afirmam estar dormindo em duplas sobre um único colchão, para se aquecerem devido à falta de cobertores.

Crise no sistema prisional

O vídeo vem à tona em um momento de fragilidade no sistema prisional catarinense. No último sábado (31), cerca de 900 profissionais temporários (ACTs) foram desligados, afetando diretamente unidades prisionais e socioeducativas, conforme revelou a Associação dos Servidores Temporários (Atemp).

Segundo o presidente da entidade, Leonardo Magalhães, faltam profissionais nas áreas de saúde, assistência social e educação. A Secretaria de Justiça e Reintegração (Sejuri) confirmou a exoneração em massa, mas afirmou em nota oficial que as unidades seguem operando com “plena regularidade”.

De acordo com a Sejuri, o Estado nomeou recentemente 757 novos policiais penais e mais de 200 técnicos e analistas. Até outubro, outras nomeações devem ocorrer para suprir as lacunas deixadas pelos ACTs.

Posições divergentes

Enquanto os detentos denunciam precariedade e maus-tratos, a gestão estadual sustenta que “serviços essenciais estão mantidos” e que há planejamento para reequilibrar o quadro funcional das unidades.

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Presidiários de SC gravam vídeo exigindo melhorias: “comida ruim, frio e chuveiro gelado”

Publicado em 06/06/2025 13h56 | Atualizado há 15 dias
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Presos do semiaberto de Tubarão gravaram um vídeo nesta semana relatando supostas represálias, fome, frio e ausência de banho de sol.

O conteúdo foi divulgado nesta quinta-feira (6) e apresenta uma série de denúncias feitas por detentos do Presídio Regional de Tubarão, no Sul de Santa Catarina.

Segundo os presos, a gravação foi possível graças ao celular de um agente penitenciário, que teria permitido a filmagem como forma de tornar públicas as reclamações. “Graças a um agente que nos deu a ideia de fazer esse vídeo, ele nos emprestou o próprio celular”, afirma um dos detentos.

Durante o vídeo, os presos alegam que estão há seis dias sem banho de sol, o que, segundo eles, viola direitos garantidos por lei. Também relatam que foram alvos de gás de pimenta sem justificativa aparente. “Jogaram muito gás de pimenta pelas janelas da cela. Hoje o rango veio top, com tempero misto”, ironizou um dos internos.

Outro ponto levantado é a alimentação: os detentos dizem estar passando fome e relatam que marmitas chegam com supostos “gás de pimenta” como retaliação a reclamações anteriores. Além disso, afirmam estar dormindo em duplas sobre um único colchão, para se aquecerem devido à falta de cobertores.

Crise no sistema prisional

O vídeo vem à tona em um momento de fragilidade no sistema prisional catarinense. No último sábado (31), cerca de 900 profissionais temporários (ACTs) foram desligados, afetando diretamente unidades prisionais e socioeducativas, conforme revelou a Associação dos Servidores Temporários (Atemp).

Segundo o presidente da entidade, Leonardo Magalhães, faltam profissionais nas áreas de saúde, assistência social e educação. A Secretaria de Justiça e Reintegração (Sejuri) confirmou a exoneração em massa, mas afirmou em nota oficial que as unidades seguem operando com “plena regularidade”.

De acordo com a Sejuri, o Estado nomeou recentemente 757 novos policiais penais e mais de 200 técnicos e analistas. Até outubro, outras nomeações devem ocorrer para suprir as lacunas deixadas pelos ACTs.

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Enquanto os detentos denunciam precariedade e maus-tratos, a gestão estadual sustenta que “serviços essenciais estão mantidos” e que há planejamento para reequilibrar o quadro funcional das unidades.

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