Santa Catarina enfrenta onda de feminicídios no início de 2024

As vítimas, com idades entre 25 e 43 anos, morreram dentro das próprias casas onde residiam

Santa Catarina enfrenta onda de feminicídios no início de 2024

Divulgação

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O ano de 2024 começou de forma trágica em Santa Catarina, com o registro de três casos de feminicídio desde a última sexta-feira (15). Esses crimes chocantes resultaram na perda de vidas e no desmoronamento de famílias, destacando a persistente questão da violência doméstica no estado.

Na sexta-feira (12), Nice Bertoldi, de 43 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça pelo seu companheiro, que fugiu do local após o crime. A polícia militar foi acionada pelo irmão do autor do crime. Nas redes sociais, amigos e familiares de Nice expressaram sua indignação e tristeza.

No domingo (14), em Blumenau, Ione Maria dos Santos, de 36 anos, teve sua vida brutalmente interrompida por seu marido, que a agrediu com ao menos um golpe de tijolo na cabeça. Segundo relatos de vizinhos, o relacionamento do casal era marcado por constantes brigas. O autor do crime foi levado ao hospital com ferimentos autoinfligidos, incluindo cortes nos pulsos, antes de ser encaminhado à delegacia. Ele já possuía antecedentes criminais, incluindo homicídio, furto e lesão corporal.

Na mesma noite, em Itapema, ocorreu o trágico caso de Eduarda de Souza Gorgik, de 25 anos, encontrada morta com um tiro na cabeça ao lado do corpo do seu companheiro, Sergio de Souza Corrêa, de 59 anos. A irmã de Eduarda, Natacha Matias, expressou sua dor e luto em uma emocionante mensagem nas redes sociais.

“O que dizer meu amor, arrancaram você de nós, na maior crueldade. Não foi a sua vida o que ele acabou, e sim de todos nós. Nos dê forças, meu anjo, por que não sei se consigo. A dor é grande demais. Você com esse coração bondoso, pensando sempre em nós, menina linda com toda vida pela frente. Meu Deus, como superar isso”, afirmou Natacha Matias, irmã da vítima.

Estes casos refletem um problema grave e contínuo em Santa Catarina, que registrou mais de 50 feminicídios no ano passado.

Para denunciar casos de violência doméstica, o público pode recorrer ao Disque 100 e Disque 180, além de contatar a Polícia Militar em situações de emergência pelo número 190.