A dor da perda e o sentimento de impunidade. Foi assim que o pai de Luiz Eduardo Scloneski descreveu o momento em que soube da tragédia que tirou a vida de seu filho. O jovem morreu no último sábado (1º) após ser atingido por uma linha de cerol enquanto passava de moto pela BR-470, em Navegantes, Litoral Norte de Santa Catarina.
O pai de Luiz Eduardo relatou que recebeu uma ligação do celular do filho e, ao atender, foi informado por uma moça do Corpo de Bombeiros sobre o ocorrido. “O senhor pode vir aqui, seu filho sofreu um acidente”, disse a socorrista. Mas ao chegar ao local, a cena foi devastadora. “Quando vi a manta térmica, me bateu o desespero. Isso é muito triste”, desabafou.
A família agora clama por justiça e organiza um protesto para este domingo (10), em Navegantes, para pedir mais rigor na fiscalização e punição para o uso de linhas cortantes, que continuam vitimando motociclistas e ciclistas em todo o país.
“É um sentimento de impunidade”, declarou o pai de Luiz Eduardo ao repórter Osmar Teixeira. Ele lamenta que a prática criminosa de soltar pipas com cerol ou linha chilena ainda faça vítimas fatais e espera que o caso do filho sirva de alerta para as autoridades tomarem medidas mais severas.
O uso de cerol é proibido por lei em Santa Catarina, e quem for flagrado utilizando ou vendendo esse tipo de material pode responder criminalmente.