A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição da comercialização do Insupril, um suplemento anunciado como solução para o diabetes. O produto, divulgado amplamente nas redes sociais, não possui comprovação científica e levantou denúncias por enganar consumidores e colocar em risco a saúde pública.
A decisão ocorre em meio a vídeos que circulavam na internet, nos quais um homem, identificado como médico, sugeria a substituição de medicamentos tradicionais pelo suplemento. Ele ainda fazia críticas a tratamentos convencionais, como a metformina, alegando efeitos colaterais e questionando sua eficácia. O Insupril era vendido por R$ 199,90.
Além de ser alvo de acusações de propaganda enganosa, o suplemento gerou reclamações de consumidores. Relatos apontam problemas como falta de entrega e ausência de resultados positivos após o uso. No site Reclame Aqui, diversas queixas reforçam essas alegações.
A pesquisadora Ana Bonassa, doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), utilizou suas redes sociais para denunciar o caso. Bonassa já havia enfrentado processos judiciais ao desmentir informações falsas sobre diabetes, incluindo teorias sem base científica relacionadas à origem da doença.
A Anvisa destacou que suplementos alimentares não podem ser considerados medicamentos e alertou para o risco de golpes semelhantes. A Sociedade Brasileira de Diabetes também reafirma que a doença não possui cura, sendo possível apenas o controle adequado por meio de tratamentos prescritos.