Técnico de futsal é investigado por abusar de atletas

Doze jogadoras do time se uniram para denunciar o crime.

Técnico de futsal é investigado por abusar de atletas

Divulgação

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O técnico de um time de futsal feminino de São José, na Grande Florianópolis, em Santa Catarina, é investigado por abuso e importunação sexual. Doze jogadoras do time se uniram para denunciar o crime, que foi investigado por três meses até o suspeito ser indiciado pela Polícia Civil.

O caso está no Tribunal de Justiça após o Ministério Público de Santa Catarina aceitar a denúncia. De acordo com a investigação, que foi finalizada em maio, Reginaldo Valdir Vieira, 31 anos, abusava das atletas da categoria de base do time Sanrosé, que ele ajudou a fundar.

Conforme o apurado pela polícia, as violências ocorriam no dormitório onde ficavam as vítimas, a maior parte delas menores de idade. A casa era localizada no mesmo terreno onde o treinador e dirigente do clube morava com a família.

De acordo com a delegada do caso, Marcela França Goto, Vieira é acusado de importunação sexual contra duas adolescentes e assédio sexual.

A investigação começou por uma adolescente, que no depoimento passou o nome de outras jogadoras, também menores de idade, que teriam sido vítimas.

— Elas foram chamadas e também foram ouvidas. Hoje todas as adolescentes vítimas são maiores, com exceção de uma que tem 17 anos, mas foi emancipada — contou a delegada.

Jogadoras descrevem como crime era cometido

As jogadoras do time de São José foram ouvidas pela Polícia Civil e descreveram que o abuso começava de maneira sutil, até chegar no contato físico.

"Com o tempo ele foi fazendo outras coisas, tentava tocar, ter um contato físico. Toques em partes íntimas, tentativas de beijos", afirmou Carolaine Francisco, que morou na casa por cinco anos.

"Todo ano teve uma menina que foi vítima dele", disse Monike Rocha, ex-jogadora do time.

A dinâmica da violência era parecida, já que a maioria das atletas era de cidades distantes da capital. A delegada conta que o treinador se valia da posição de responsável pelo time para importunar as jogadoras.

"O suspeito plantava essa ideia do ambiente familiar e se colocava nessa posição de protetor, de pai, e como ele começou a investir e importunar essas vítimas, percebem-se que elas até ficam confusas", contou a delegada.

Fonte: NSC Total