Um homem foi preso em flagrante na região da Costeira do Pirajubaé, em Florianópolis, após supostamente efetuar disparos de arma de fogo em via pública. O caso ocorreu quando moradores acionaram a Polícia Militar relatando que o autor havia efetuado tiros em direção a vizinhos, entre eles um venezuelano conhecido apenas como “Gringo”.
De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito teria se envolvido em uma discussão anterior envolvendo sua companheira e moradores da rua. Na noite do fato, ele teria se sentido ameaçado por vizinhos e, segundo os relatos, saiu de casa armado, realizando diversos disparos.
Uma testemunha, que compareceu ao local acompanhada do companheiro, relatou à polícia que presenciou o momento em que o homem apontou a arma em sua direção e também contra outros moradores que estavam na rua. A mesma testemunha decidiu gravar as imagens da ocorrência com o celular, preocupada com a possibilidade de violência iminente, momento em que os tiros foram registrados em vídeo.
Outra vítima ouvida pela autoridade policial, identificada como “Gringo”, confirmou que estava tentando dialogar com o vizinho para apaziguar o desentendimento quando foi surpreendido pelos disparos. Os moradores chegaram a se mobilizar para impedir que o autor deixasse o local antes da chegada da polícia.
Após a prisão, a guarnição encontrou uma pistola calibre 9 mm, três carregadores e 44 munições na posse do suspeito. O armamento foi lacrado e encaminhado às autoridades. A arma em questão, segundo consulta ao sistema SINARM, estava registrada em nome do suspeito, mas seu porte é restrito.
Com base nos depoimentos, nas imagens do vídeo entregues à polícia e no interrogatório do suspeito, a Polícia Civil decidiu pelo indiciamento por tentativa de homicídio. Segundo o relatório, os disparos teriam sido direcionados ao venezuelano “Gringo”, configurando, em tese, a intenção de matar.
A autoridade policial também destacou que o indiciado foi informado de seus direitos constitucionais, podendo permanecer em silêncio e ser assistido por advogado. Ele optou por negar que tenha atirado, afirmando que os disparos ouvidos no vídeo não partem dele.
Apesar da negativa, a prisão foi ratificada, com base nos indícios de autoria, nas provas de materialidade e na situação de flagrante. O caso segue em investigação e novas diligências ainda serão realizadas, incluindo a possível oitiva da vítima venezuelana, que não prestou depoimento formal até o momento.