A página “Manezinho Básico” publicou, nesta semana, um vídeo que gerou forte repercussão entre moradores de Florianópolis. A cena mostra uma mulher descendo do ônibus no Centro da cidade e, logo nos primeiros passos pela calçada, se depara com um homem em situação de rua literalmente defecando em plena via pública, em frente a um muro.

As imagens, captadas em plena luz do dia, expõem o cenário de abandono vivido por quem circula pela região central. Em menos de 24 horas, centenas de comentários tomaram conta da publicação — a maioria de moradores indignados com a situação.

“Essa semana precisei ir no centro. Andar pelas ruas dá ânsia. Calçada cheia de fezes bem na porta dos estabelecimentos. A Ilha da Magia vai virar a Ilha da Cracolândia”, escreveu uma internauta.

Outros relatos reforçam a mesma percepção. Há quem diga que já evita ir ao centro da capital. Uma moradora da Trindade contou que a situação se repete em diversos bairros e que já foi atacada por se recusar a dar dinheiro a pessoas em situação de rua. “Está cada vez mais perigoso. Eles estão por toda parte e não tem mais respeito nem com as crianças”, disse outra seguidora.

Além do mau cheiro e do medo, os comentários criticam duramente a gestão municipal. O prefeito Topazio Neto foi citado por dezenas de perfis, que cobram medidas urgentes e acusam a prefeitura de se preocupar mais com vídeos publicitários do que com a vida real da cidade.

“Muito videozinho de internet e pouca efetividade na administração pública. A cidade clama por gestores”, escreveu um morador.

Outros apontaram a proximidade dos episódios com órgãos públicos: “Aconteceu do lado da Alesc e do TJSC! Isso é um retrato do abandono”, reforçou um comentário.

Entre críticas, revolta e sarcasmo, a população pede soluções. A cena publicada não é isolada — e muitos internautas afirmam que isso se tornou parte da rotina no Centro de Florianópolis. “Se continuar assim, daqui a pouco vão cagar na nossa cara”, desabafou um seguidor.

Enquanto os debates ganham força nas redes sociais, quem mora e trabalha na região segue convivendo com a insegurança, sujeira e a sensação de abandono.