Nesta segunda-feira (20), uma equipe do Jornal Razão esteve em Eldorado do Sul para registrar os estragos provocados pela enchente que afetou a região. O município gaúcho, um dos mais atingidos no estado, acumula seis óbitos e 16 desaparecidos.
A cidade, que possui cerca de 40 mil habitantes, sofreu impactos em praticamente todos os setores, com 15 mil imóveis comprometidos. Dentre eles, muitos foram completamente destruídos, deixando a população local em uma situação de desespero. Diante da magnitude dos danos, a cidade de Bombinhas tomou uma atitude solidária que, aos poucos, foi replicada por outros municípios catarinenses.
Comandada pelo prefeito Paulinho, a cidade bombinense resolveu “adotar” Eldorado do Sul, iniciando uma campanha de solidariedade. Essa parceria emergencial visa fornecer suporte direto às vítimas, com recursos como máquinas e combustível, e assistência para recuperar a infraestrutura danificada e oferecer alívio aos afetados.
Os moradores da região demonstraram choque com a quantidade de voluntários, afirmando que enxergam nessa parceria “um novo recomeço”.
“Como não tinha água, a gente ficou dois dias sem tomar banho com aquela água suja, peguei uma infecção urinária, mas… Graças a Deus estou viva e agora estou aqui em busca de tudo, porque não sobrou nada dentro de casa”, disse uma moradora, emocionada com as doações.
Outro morador também ficou emocionado por conseguir comida para sua família. Ele sequer se preocupou com suas próprias necessidades, mas derramou lágrimas ao dizer que agora todos “conseguiriam comer juntos”.
“Eles estão com fome e agora vão comer até feijão”, falou.
Já o prefeito Paulinho, que está na cidade prestando auxílio no que é necessário, destacou que “Santa Catarina já passou por isso e vocês nos ajudaram. Agora é a hora de retribuir”.
“A gente deve ficar ainda mais ou menos com umas 20 pessoas da cidade aqui, ajudando também, fazendo com que eles consigam caminhar com as próprias pernas”, disse.
Paulinha, deputada estadual e ex-prefeita bombinense, também encontra-se na cidade. Ela mencionou alguns itens essenciais para doações neste momento em que as águas estão abaixando.
“Hoje, nesse exato momento, as pessoas não têm fogão, não têm geladeira, não têm onde cozinhar. Então, bolacha, pão, enlatados. Também, assim, ó, tá faltando aqui cobertor, tá ficando frio. As pessoas não têm cobertor e colchão também é bem-vindo. É o mais emergente”, disse a primeira-dama bombinense.